Madeira do Avesso

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Os dias do fim

No dia em que se discute a nova lei das finanças regionais na Assembleia da república, saiu a notícia dos números do desemprego em Portugal no último trimestre de 2012 e chegamos ao número assustador de 923.000 desempregados no nosso pequeno país!

Em apenas quatro anos, passámos de uma taxa de 7,3% em 2008, para 16,9% em 2012! 

A estes valores falta acrescer os números de pessoas, muitas delas altamente qualificadas, que fizeram malas e emigraram para outros países, à procura de sobrevivência. Esta emigração, bastante diferente do tempo dos nossos avós, em que os homens saíam do país sem qualificações e com o intuito de enviar dinheiro para as suas mulheres cuidarem dos filhos que por cá ficavam, e assim que ao fim de muitos anos conseguiam gerar riqueza suficiente para cuidar das suas famílias, regressavam para passarem uma velhice na sua terra.
Os novos emigrantes, muitos deles ainda sem família constituída, partem e assim que constituem família nas terras que os acolhem, dificilmente voltarão ao seu país em definitivo, além de que não poderemos contar com as remessas de dinheiros como os nossos antepassados tantos fizeram.

Por cá na nossa Ilha, ainda pior estamos. Com a taxa de desemprego mais alta do país, 19,7%, caminhamos rapidamente para o abismo, com famílias completamente destroçadas pela miséria, pela fome, pela vergonha. 
O aparecimento (necessário) das cantinas sociais, que transbordam de utentes, com orçamentos já esgotados, é o culminar desta estratégia do governo de Jardim.
Este governo regional, cego, sem rumo, a navegar à vista, conseguiu cumprir os números do défice negociados no PAEF, ficando nos 2%, bem abaixo dos 3,1% negociados com Lisboa, apesar da receita fiscal ter ficado muito aquém do previsto no orçamento. Este diferencial entre o negociado e o concretizado, mostra apenas que Jardim/Garcês não faziam a mínima ideia qual seria a receita fiscal, e com o receio de não cumprir o défice, apertaram ainda mais na contenção da despesa, eliminado quase por completo o investimento público!
Esta redução absurda na despesa, associada ao brutal aumento de impostos, fez com que a nossa economia colapsasse, fechando deste modo imensas empresas e levando os números de desempregados aos agora divulgados!

Preocupa-me bastante a continuação destas políticas em 2013, deste governos Passos/Portas/Gaspar e Jardim/Garcês, pois com esta austeridade extrema a nossa economia irá continuar a colapasar, aumentando ainda mais as falências e consequentemente o desemprego, caminhado rapidamente para os dias do fim!

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