Madeira do Avesso

Madeira do Avesso

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Porque voto Seguro



Há 3 anos atrás, após a derrota do PS nas Legislativas de 2011, Seguro e Assis disputaram a liderança do PS, saindo vencedor Seguro. 
Apesar do péssimo resultado eleitoral nessas legislativas, mais ninguém além destes 2 ilustres Socialistas sentiram que tinham o dever de contribuir para a recuperação do seu partido.
Uma recuperação penosa após a assinatura do memorando da troika, que mesmo tendo o governo actual desvirtuado as linhas desse documento, nunca o PS deixou de estar associado a esse momento. 


Responsabilizaram o PS pelo estado a que chegou o País (e na verdade era quem comandava), ignorando por completo a conjuntura europeia que afectou de forma dramática todos os países do sul da Europa.
Com acusações de todos os partidos e com uma fraca imagem perante a opinião pública, o PS lá começou a subir o caminho das pedras, tendo Seguro traçado uma estratégia, onde falar a verdade era um dos seus pilares. 

Com as suas ideias para o país, muitas vezes ignorado pela coligação que chefia Portugal, Seguro volta e meia era chamado a consensos com o governo, numa tentativa de colar o PS aos atropelos permanentes a esse memorando. Nunca o PS de Seguro traiu os seus princípios nem os seus compromissos, manteve-se fiel à sua ideologia e ao caminho traçado por Seguro. Não entrou em populismos nem em demagogias baratas que tantos votos dão (vejam o caso do CDS). Talvez por isso mesmo não tenha tido uma subida meteórica que muitos queriam (independentemente dos princípios).

Chegado o primeiro embate eleitoral de Seguro, o PS tem uma grande vitória nas eleições autárquicas, recuperando a liderança da Associação de Municípios, perdida desde as autárquicas que provocaram a demissão de António Guterres. A estratégia seguida por Seguro, não só permitiu essa vitória eleitoral, como permitiu que o PS-M definisse a estratégia que mudou as cores do mapa da Madeira.
8 Meses após as autárquicas, novamente eleições, desta vez europeias e novamente uma vitória do Partido Socialista. Não foi a grande vitória ambicionada, mas é preciso novamente enquadrar os resultados. Quase todos os partidos socialistas europeus tiveram quedas vertiginosas, tendo o PS segurado uma vitória, contra uma coligação de direita. Esta coligação de direita teve a maior derrota da sua história. Houve também o fenómeno Marinho Pinto (é certo que os partidos têm de estar preparados para estas situações) que após uma sondagem em que dava a possibilidade da sua eleições, começou a haver uma concentração de votos com o intuito de eleger essa figura populista e demagógica que nada acrescenta à nossa democracia.
Ou seja Seguro desde que foi eleito Secretário Geral nunca perdeu eleições, nem nunca esteve perto de perder.

Sem dar sequer tempo para analisar os resultados eleitorais com calma, eis que surge António Costa a exigir a cabeça de Seguro. Ameaçou ir a congresso um ano antes, mas como viu que a conjuntura interna não lhe era favorável, como havia ainda resquícios do último mandato do PS na opinião pública, cobardemente recuou e comprometeu-se com Seguro, assinando documentos conjuntos. Um ano após, rasga esse compromisso, e enfrenta Seguro apenas por que sentiu que o partido precisava dele (volto a questionar e há 3 anos atrás após a derrota eleitoral o partido não precisaria dele?). Desafia a liderança porque sabe que troika já saiu do país, porque sabe que agora é mais fácil de fazer oposição, apesar de demagogicamente dizer o contrário.

Sobre pressão, Seguro resiste a um congresso antecipado e marca eleições primárias.
Com este processo ficou claro que o PS é realmente um grande partido, 145.000 inscritos, não militantes. A sociedade precisa do PS e quer o PS. 

Com a disputa facilmente começou-se a perceber que Costa tem um discurso oco, vazio. À semelhança do PSD-M pede que os militantes e simpatizantes assinem um cheque em branco. No último debate disse claramente que ia agora a eleições e que só daqui a algum tempo apresentará as suas linhas orientadoras. Nesse mesmo debate (que diga-se, não foi bom para o PS) ouviu-se diversas propostas da parte de Seguro e o que Costa pensava sobre elas. Houve consenso em algumas e claras divergências noutras, mas até aqui tudo normal, o que de anormal se passou foi que da parte de Costa novamente nada se ouviu, nenhuma ideia sua. Um vazio, o tal pedido do cheque em branco.

Numa época em que deveríamos estar concentrados no combate às políticas de direita, quando deveria de haver união, com as suspeitas que agora recaem sobre o Primeiro Ministro, está o PS envolto numa disputa eleitoral desnecessária, fora de tempo.

Relativamente à região, sei que Seguro conhece bem as nossas dificuldades, provocadas por décadas de Jardinismo, que sufocaram os madeirenses, com base num falso desenvolvimento do betão, onde não se criou condições para uma sociedade estável e sustentável. Seguro já por diversas vezes se comprometeu a ajudar a região caso seja Primeiro Ministro. Não voltará as costas, nem ignorará os madeirenses. Sei que podemos contar com ele. Apesar de nunca ter ouvido uma palavra de Costa sobre a região sei que também não desiludirá os madeirenses dando o apoio que necessitamos caso seja ele o escolhido.
Quero também salientar que a Madeira voltou a ter uma Eurodeputada eleita pelas listas do Partido Socialista, pela primeira vez numa posição claramente elegível e que Seguro em apenas 3 anos de liderança, foi o Secretário Geral que mais vezes veio à Madeira.

Voto Seguro, sei que é o melhor e que fará a diferença. Sei que fará política com seriedade, com compromisso. Com Seguro o país iniciará uma nova realidade política, sem lobbies, sem haver misturas entre a política e os negócios, uma governação virada para as pessoas, na defesa do estado social, na defesa do sistema nacional de saúde e da educação. Com perspectivas de crescimento, onde o investimento público estará em consonância com o investimento privado. Na defesa de mais e melhor função pública. Na aposta de um Portugal moderno, na exploração dos nossos grandes potenciais. António José Seguro ouviu também a sociedade, criou o Laboratório de Ideias e Propostas para Portugal e pretende dar a Portugal um Novo Rumo, a Mudança que Portugal necessita com um Pacto de Confiança.

A 28 de Setembro votem Seguro, Portugal merece um Primeiro Ministro assim.