Madeira do Avesso

Madeira do Avesso

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Forças de bloqueio

Hoje o PSD juntamente com o PND e a CDU, coligaram-se chumbando assim as grandes opções do plano da Câmara Municipal do Funchal.
Numa atitude de pura mesquinhez política, sem argumentos válidos por parte de qualquer um desses partidos, juntaram-se e colocaram em causa o investimento municipal para o ano 2015.

Com esse chumbo o PSD mostrou claramente que não quer, tal como não quis no passado, recuperar o Lido, pois sem esta aprovação, não poderão iniciar as obras de recuperação dessa estância balnear tão querida dos Funchalenses. Não só não avançam as obras, como ficam colocadas em causa os financiamentos europeus para essa obra.

Assim ficará o Lido pela mão do PSD, CDU e PND

Do mesmo modo, defendem a continuação da degradação do canil do Vasco Gil. Mais uma importante obra necessária que o PSD sempre adiou e torna a impossibilitar por via deste chumbo.

À espera de melhores condições ficarão os cães no canil municipal

Além destas obras, destaco também o arranque da nova ETAR do Funchal. Mais uma obra necessária não só para a cidade, como poderá o país sair prejudicado ao nível de fundos europeus por ter uma estação de tratamento de águas residuais apenas de tratamento primário. Mais uma obra que não arrancará pela irresponsabilidade do trio PSD/CDU/PND.

A recuperação dos bairros sociais também terão de ser adiados. A CDU que tanto diz lutar por esses bairros, quando chega realmente à hora de decidir, opta por se juntar ao PSD inviabilizando essas recuperações. 
É importante que os moradores desses bairros tenham conhecimento da decisão desses partidos. Promovem a decadência e a miséria. 

Mas não só estas obras são colocadas em questão. 
Os apoios sociais, e ainda hoje foi aprovado o regulamento de recuperação de casas degradadas, também estão colocados em causa. destaco os seguinte programas que poderão ser interrompidos:
Subsídio Municipal ao Arrendamento,
Programa de apoio à recuperação de casas degradadas,
Programa de apoio aos medicamentos,
Câmara à porta
E muitos projectos do novíssimo programa de formação em contexto de trabalho, que está a ter uma procura enorme, também poderão não arrancar, fazendo com que a esperança de muitos desempregados que a ele concorreram se desvaneça.

Também fica suspenso o Orçamento Participativo. Essa grande lição de democracia participativa que os funchalenses deram ao país, está colocada em causa. É pena.

E assim dizem lutar pelo interesse dos funchalenses estes 3 partidos.

O PSD sabe-se bem que, passado pouco mais de um ano ainda não digeriu a derrota e não aprendeu a ser oposição. Uma oposição credível e responsável era isso que se esperaria de um partido com cultura de poder. Optaram pelo caminho do bota abaixo, optaram por ser uma real força de bloqueio.

O PND, que tanto mal disse do PSD, que tanto dizem terem sofrido na pele com as perseguições do regime, quando chega a hora de mostrar que não são iguais a eles, descem ao mais baixo nível com sentimentos reles de vinganças pessoais. Aliás não me surpreende.

Finalmente a CDU. Essa coligação de um só partido (alguém conhece os verdes madeirenses) que é claramente a coligação vodka laranja juntamente com o PSD, tirando votações menores onde ocasionalmente vota favoravelmente, vota sempre ao lado do PSD nas grandes questões. Enfim, tiques de quem só sabe ser do contra. De construtivo nada têm, nem nunca tiveram.

Que não ia ser fácil todos nós já sabíamos, agora com o que não contávamos era com tamanha irresponsabilidade por parte deste trio que bloqueia o funcionamento da Câmara, colocando em causa as grandes obras programadas, os apoios sociais, as questões ambientais, a própria questão animal é completamente ignorada. A democracia participativa sofre também um revés.

Mas cá estaremos para continuar na luta pelos interesses da cidade e dos funchalenses. Vamos até ao fim, vamos criar novos consensos. 

Não posso terminar sem uma palavra aos meus colegas presidentes de Junta de Freguesia que também inviabilizaram o Plano, pois esperava uma atitude mais madura e responsável da parte deles. Sabem bem que não se brinca aos orçamentos e aos planos e sabem bem da dificuldade da sua elaboração. Enfim, fica registada a vossa posição.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Intervenção Fórum "Construindo o Futuro"

Desde criança que percorro os corredores das várias sedes que o Partido Socialista teve no Funchal. Pela mão dos meus pais, fui a comícios, participei em campanhas eleitorais, cresci num verdadeiro ambiente socialista. É por isso que sinto muito orgulho na homenagem hoje feita a quem nunca desistiu e manteve-se sempre fiel ao Partido Socialista. Às vezes um pouco mais distantes, outras mais próximos, mas nunca deixaram de acreditar nos princípios do nosso partido e muitos de vós, sempre que chamados a dar o contributo, não hesitaram e avançaram para as primeiras linhas de batalha.
Parabéns, sem vocês a história do PS-M seria muito mais pobre.


Passado pouco mais de um ano a cidade do Funchal começa a mudar. Começam a mudar as atitudes, a maneira de ver as coisas, iniciamos uma nova era.
Há um ano atrás os funchalenses acreditaram num novo Projeto, um projeto global que não excluí ninguém, um projeto feito a pensar nas pessoas, a Olhar Pelas Pessoas.

O tempo das grandes obras já passou, diria até que durou demasiado tempo, criaram-se vícios, criaram-se comodismos, faltou a dinâmica que uma cidade como o Funchal tem de ter permanentemente.
No passado o despesismo era a prática corrente, não havia grande evento que não se anunciasse euros e euros gastos, como se um gasto maior, um gasto elevado, fosse sinónimo de qualidade.

A cidade mudou, mudaram freguesias, infelizmente nem todas, mas de uma coisa tenho a certeza, fôssemos agora a eleições e todas as freguesias seriam nossas, seriam da Mudança.
Foi com muito esforço, muito empenho que 6 partidos se uniram para mudar o rumo do Funchal, puseram de lado as suas diferenças, e acreditaram todos na vitória deste projeto liderado pelo Partido Socialista. Um projeto que desde a primeira hora, a concelhia do Funchal soube abraçar. Dou os meus parabéns ao Victor Freitas pela sua visão e ao Guido Gomes, pela sua capacidade de ver mais além e de aceitar prontamente, sem olhar para interesses locais. Pensamos mais além, ganhamos.

Criamos equipas de trabalho em cada freguesia, juntamente com os nossos parceiros de coligação, delineamos programas, percorremos ruas, percorremos veredas, andamos de casa em casa, de esplanada em esplanada. Passamos a nossa mensagem nos comícios, alguns difíceis é certo, mobilizamos arruadas, onde demos um verdadeiro banho aos nossos opositores.
Foi com muito orgulho que integrei desde o primeiro momento esta coligação, e com muita honra que aceitei liderar a candidatura para São Martinho.

Passado o momento eleitoral, chega à hora de implementar o nosso programa, de conhecer uma realidade até então desconhecida.
Encontramos uma junta de freguesia falida, sem ideias, sem ideais e completamente amorfa. Uma junta onde se limitavam a passar uns atestados, um apoio aqui, outro ali, toda a força da junta estava direcionada para obras, obras de recuperação, obras imaginárias, obras algumas delas desnecessárias.
Um choque, um day after que nunca esquecerei, Sentimo-nos uns pobres num palácio. Como era urgente a Mudança.
Não desmoralizamos, não baixamos os braços, arregaçamos as mangas. Começamos por consolidar contas e organizar a casa antes de sair para a rua.
Implementamos o nosso programa, passo a passo, criamos uma freguesia dinâmica, indo de encontro a uma das grandes aspirações da equipa de São Martinho. Tornar São Martinho grande, muito além da sua dimensão populacional. Para isso iniciamos um verdadeiro programa de apoios ao nível social, educacional, desportivo e cultural. Abrimos as portas à democracia participativa. Juntamente com a Câmara Municipal do Funchal fizemos o primeiro orçamento participativo de freguesia na região. Um sucesso.
Estamos a modernizar os serviços, a criar vias de comunicação mais eficazes.

Estreitamos laços com as forças vivas da freguesia, desde ginásios, casa do povo, centros comunitários, paróquias, empresas, etc.
Abraçamos logo à primeira hora um grande projeto de voluntariado para o Bairro da Nazaré, o Projeto Olho-te.
Estamos junto às pessoas, falamos com todos, não excluímos ninguém.
Uma caminhada em equipa, com muito mais para fazer. Não podemos parar.

Há uns meses atrás em conversa com o Camarada Miguel Iglésias, fui convidado para fazer parte da sua equipa para a Concelhia do Funchal do Partido Socialista. Aceitei prontamente o desafio, pois os próximos tempos são muito importantes para o Partido e para a Região. Todos temos de dar o nosso contributo ao trabalho iniciado há 2 anos por Victor Freitas. Uma estratégia de mudança que começou nas autárquicas e que culminará na vitória nas eleições regionais de 2015.
Precisamos de um partido socialista forte, unido e a rumar na mesma direção.

Após décadas de jardinismo a região, tal como estava a Junta de Freguesia de São Martinho, está falida. É preciso olhar para o futuro com outra visão, com um olhar social, de rigor e de transparência. Temos de colocar os madeirenses em primeiro lugar, temos de ter um governo a trabalhar para a região, não pelos seus governantes como sempre trabalhou o governo PSD.
Ideias não nos faltam, acreditamos numa região próspera e sustentável, baseada nos ideais da prosperidade, da igualdade e da fraternidade.

Vemos um governo em fim de carreira, completamente desorientado, a navegar à vista há décadas. Não soube preparar a região para os momentos difíceis. Para muitos o caminho é a emigração e temos o dever de inverter esta situação. Unir e reunir as famílias, dar estabilidade, dar um futuro aos jovens licenciados e esperança a quem atingiu a meia idade e que são novos para se reformarem e velhos para arranjar emprego, dar conforto aos nossos avós, esse é o nosso caminho.

Chega de jogos de interesses, de monopólios, de política feita por quem nos vende betão.
Estou certo que com uma política de rigor orçamental, baseada no crescimento da nossa economia, explorando os nossos pontos fortes, conseguiremos dar à Madeira e Porto Santo a grandeza que uma região atlântica como a nossa tem de ter num contexto nacional e europeu.

Daremos voz aos cidadãos, queremos uma democracia participativa, onde todos nós teremos uma palavra a dizer. É possível replicar a nível regional os orçamentos participativos, temos de discutir as grandes decisões com os madeirenses e não fechá-los numa assembleia regional ou na quinta vigia.

Discutimos recentemente os transportes, ouvimos a sociedade, especialistas, estudiosos e existem soluções. É possível fazer melhor, baixar custos, melhorar serviços criar verdadeiras pontes com o exterior.

É preciso descentralizar, delegar competências nas autarquias. As Câmaras e Juntas de Freguesia têm capacidade para fazer mais, para isso não podemos ter um governo que queira controlar tudo e todos, sabemos que cada um pode fazer bem o seu papel. Podemos também descentralizar os serviços do governo, combatendo assim a desertificação que se assiste em muitos pontos da ilha.

Temos de sair do nosso casulo, temos de falar com o exterior, renegociar com a república as políticas fiscais e de financiamento. A falta de diálogo e a má educação com o governo da república não trouxe nada de bom para a Região. E sabemos que poderemos contar com António Costa. Disse claramente no congresso do passado fim-de-semana que a Madeira podia contar com ele.

Sabemos o caminho a seguir, traçamos o percurso, sinuoso por certo, mas com certeza vencedor.
Criaremos condições de em conjunto com um PS unido, de ganhar as eleições em 2015. Os militantes cá estarão para fazer o seu trabalho na próxima campanha eleitoral.
O PS Funchal empenhar-se-á na estratégia que o partido venha delinear para ganhar as eleições regionais.
Vamos Ganhar o Futuro.
Vamos Ganhar a Madeira.

Obrigado.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Reflexões matinais

Hoje acordei cedo, demasiado cedo talvez, por isso andei pela net a ver notícias, e vasculhei o facebook de alguns amigos meus, procurei ver as suas opiniões sobre determinados assuntos, levando-me a questionar os meus pensamentos. Julgo que devemos de vez em quando fazer uma auto reflexão, rever pensamentos, rever posições.

Nessas andanças pelo face dos meus amigos, vi que alguns socialistas de longa data, figuras ilustres, muitas delas detentoras de cargos de relevo num passado recente, defendem com unhas e dentes a proposta agora apresentada por José Manuel Rodrigues sobre uma coligação com o Partido Socialista e outras forças da sociedade madeirense. Também defendo essa coligação, também defendo que essa coligação não deve de se cingir a essa dupla, outros poderão se juntar, contribuindo assim para um projecto claramente ganhador, que acabe com a prepotência e loucura do governo PSD.

Por agora até estamos de acordo, acontece que esses mesmos meus amigos que agora aplaudem esta iniciativa do CDS, pouco ou nada disseram quando o líder do PS lançou esse repto há muitos meses atrás, em Janeiro mais concretamente. E se há coisa que mais me irrita é quando alguém lança uma ideia, lançada por outros antes, este últimos é que ficam com os louros. Nada mais injusto do que estas situações. Vou supor que esses mesmos amigos estiveram fora, de viagem talvez, demasiado absorvidos com outros temas, sem tempo para discutir o que agora julgam ser a grande novidade da temporada.

Fico triste por muitos desses meus amigos serem camaradas, companheiros de partido, que queriam a todo o custo que o PS-M mudasse de liderança.

Relembro aqui conversas tidas com alguns desses meus camaradas, durante a campanha das autarquicas. Diziam-me na altura "estou orgulhoso, nunca vi listas tão boas como as que agora se apresentam a estas eleições" "com as escolhas destes cabeças de lista, finalmente temos grandes hipóteses de ganhar" pois é, ganhámos em muitos sítios, freguesias, concelhos, foi bom, foi uma grande campanha, onde muitos se empenharam, criando uma grande onda de vitória.

Passamos de seguida para as Europeias. Polémica na escolha da candidata do PS-M na lista nacional. Uma grande escolha, na minha humilde opinião, talvez também influenciada por questões de amizade e por conhecer a capacidade de trabalho da minha amiga Liliana. A campanha não foi forte, como nunca são as campanhas das europeias, mas trabalhamos, demos a cara pelo PS, infelizmente muitos dos que se empenharam nas autárquicas, estrategicamente afastaram-se destas eleições.

O PS não ganhou na Madeira, mas nunca esteve tão perto, ficou a pouco mais de 2% no Funchal da coligação de direita e a 8 % a nível regional. 
A tarefa não era fácil, mas não houvesse a recente crise na CMF e teria ganho no Funchal, se juntarmos a isso o fenómeno Marinho Pinto e a vitória na região estaria muito mais próxima, de certeza que com o empenho de quem aponta o dedo e pouco fez, também poderíamos ter mudado o resultado. 
Mas os resultados são os conhecidos e olhar para trás apenas serve para tirarmos lições para o futuro. 

Entretanto, eleita para o Parlamento Europeu, Liliana Rodrigues  começa o seu trabalho com o empenho que já esperava. Fica como membro de quatro comissões, três delegações e Vice Presidente para a área da cultura no Euromed. Muito trabalho pela frente.
Recentemente teve a coragem, contrariando o seu grupo parlamentar, de votar contra a Comissão Juncker, um ato que poderá ter algumas consequências, mas mostrou a sua seriedade e ética. Parabéns Liliana.
Com este seu voto, alguns daqueles que mostraram o seu desagrado por ter sido a escolhida como candidata a Eurodeputada, já deram um passo atrás e começam a reconhecer a excelente escolha de Victor Freitas e do PS-M.

Pela sua visão, que permitiu abrir as portas do partido à sociedade, através de diversas iniciativas, como o Laboratório de Ideias da Madeira, a ronda pelos concelhos com a iniciativa "Primeiro a Madeira", recentemente, as Presidências Abertas, também pelos diversos concelhos, pela sua dedicação às autárquicas, onde traçou a estratégia claramente ganhadora, pela sua escolha na candidata ao parlamento europeu, tenho total confiança na estratégia que o Partido Socialista vier a decidir, através do seu líder Victor Freitas. Decisões difíceis num momento crucial para a região, terão de ser tomadas. Com a pressão que normalmente acontece nestes períodos, sei que Victor Freitas não irá desiludir.

Sei que cada um tem a sua opinião, sei que as estratégias nem sempre são consensuais, constato apenas que quem já mostrou claramente que é capaz de seguir uma linha condutora, com seriedade e com vontade de ganhar, merece a minha confiança.

sábado, 25 de outubro de 2014

Um ano, é tempo de balanço

Um ano após a tomada de posse na Junta de Freguesia de São Martinho, chegou o momento de fazer um balanço de um ano muito intenso.

A 23 de Outubro de 2013, pelas 19h tomava posse na Assembleia de Freguesia de São Martinho, seguida da eleição da mesa da Assembleia e eleição dos membros por mim nomeados para o executivo da Junta de Freguesia.

No dia seguinte, arregaçamos mangas e começamos o trabalho. Primeiro passo, conhecer a Junta de Freguesia e fazer o seu diagnóstico.
Primeira tarefa, primeiro embate. Uma dura parede veio contra nós e mostrou-nos uma Junta falida, com menos de 100 € na conta, dívidas num valor superior a 110.000 € e com salários para pagar no mês seguinte, antes de receber quaisquer verbas. Ao associarmos a falência da Junta, a um trabalho quase inexistente do executivo anterior, tornava a situação mais complexa.

Como os desafios nunca me intimidaram, começamos a árdua tarefa de endireitar as contas e começar a implementar o programa a que nos tínhamos proposto. Negociamos com fornecedores, reduzimos contratos, reduzindo assim as despesas fixas.
Uma das primeiras medidas foi a implementação dos mercados locais, denominado Feira dos Rabichos. Uma feira que que se realiza no 1º e 3º domingo de cada mês, antecedido pela feira de produtos biológicos no sábado anterior. 

Logo nas primeiras semanas tivemos de decidir sobre a continuidade da prova de atletismo já com tradição, associada às comemorações do Padroeiro da Freguesia. Contámos trocos, fomos reunindo verbas e avançamos. 
De seguida tivemos de decidir sobre o apoio às famílias carenciadas, que sempre receberam cabazes no Natal. Fizemos um apelo às empresas da freguesia e com o seu generoso contributo, conseguimos satisfazer mais de 1.000 pessoas, que assim puderam ter um Natal mais feliz.

Pela primeira vez a Junta de Freguesia apoiou uma Missa do Parto na Igreja de São Martinho. Uma manhã diferente, com a Igreja cheia, seguida da festa habitual nestas ocasiões.

Iniciado o ano de 2014, impunha-se começar a trabalhar a sério no nosso programa, assim decidimos investir na área de redução energética, reduzindo mais uma vez as despesas fixas.
Durante o ano de 2014 apoiamos os alunos das escolas em diversas iniciativas, desde materiais para desporto, quadros, diversos passeios, festas de Carnaval, Páscoa, Reis, varrer dos armários, viagens de finalistas, entre outros apoios. 
Traçamos também um plano de reestruturação do edifício da Junta de Freguesia, estando já praticamente pronto. Criamos sala para aulas, gabinetes para diversos fins, entre outras pequenas adaptações do edifício e aquisição de equipamentos, na área da informática e segurança. Tornamos o espaço da Junta de Freguesia, num espaço dinâmico, vivo e com muito mais potêncial para desenvolver.

As limpezas de jardins e veredas também foram mantidas, essencialmente com recurso a trabalhadores requisitados ao Instituto de Emprego da Madeira, através dos programas ocupacionais, permitindo assim efectuar essas tarefas, assim como pequenas obras, a custos muito reduzidos.

Chegado a Março, decidimos pela primeira vez comemorar o dia da Freguesia, dia 3 de Março. Fizemos uma missa solene, e sessão solene onde homenageamos diversas personalidades e entidades que se distinguiram em diversas áreas. Complementarmente realizamos um torneio de futebol infantil e de femininos, e animação no palco da Junta de Freguesia com as Músicas do Arco da Velha.
Entrando na primavera e terminando no início do outono, começamos com actividades mais direccionadas para a cultura e lazer.
Em Maio realizamos o primeiro passeio social. Uma visita a grandes cidades espanholas, onde foi possível conhecer outras culturas, monumentos, igrejas, gastronomia. Uma excelente viagem, onde todos se divertiram.
Nesse mesmo mês realizamos o 1º Jardim dos Sabores, um festival dedicado à gastronomia, no Jardim Panorâmico, em parceria com a Empresa Municipal Frente Mar e Câmara Municipal do Funchal.

Em Junho tivemos o 2º passeio social, com um passeio de Catamarã. 98 pessoas puderam apreciar baleias e um pôr do sol no mar.
Durante os meses de Julho e Agosto decorreram as noites de Verão, 5 noites de música para todos os gostos, desde a música popular, música ligeira, fado, rock madeirense. Grandes noites onde a população teve a oportunidade de assistir a grandes momentos musicais.


Setembro foi o mês de muitos eventos tivemos primeiro o Festival de Folclore, duas noites de casa cheia, onde foi possível assistir a actuações de grandes Ranchos Folclóricos da região, indo até ao fundo das nossas mais antigas tradições.


De seguida tivemos o evento dedicado ao desporto, o São Martinho Activo. Muitas modalidades em simultâneo, em diversos pontos da freguesia. Provas de mar com natação de águas abertas e pesca desportiva. Torneios de esgrima, futebol infantil, futebol de 11 feminino, ténis, hóquei em patins, demonstração de skates e patinagem, aulas de ginástica em diversas modalidades.
Para acabar o mês tivemos o 3º passeio social, com uma volta à ilha. Mais de 150 pessoas bem dispostas, que cantaram e animaram o dia todo.

Começamos o mês de Outubro com o 4º passeio social, 240 pessoas desfrutaram de um fim de semana no Porto Santo.
Mais recentemente levamos o desporto, a cultura e o lazer à Mata da Nazaré com o evento 12 e 12 igual a 24. Um piquenique com doze diferentes actividades, desde o desporto, jogos tradicionais, workshop de joeiras, momentos de humor, teatro, poesia e música. 

Durante este ano de mandato, desenvolvemos um grande programa social, iniciamos os apoios às famílias carenciadas, com a entrega de cabazes alimentares sociais a 260 pessoas, apoiamos a recuperação de casas degradadas, o apoio aos alunos carenciados disparou em flecha, e as bolsas de estudo, iremos esgotar a verba destinada para o próximo ano lectivo.

Desde o primeiro momento que apoiamos o projecto Olho-te, um projecto que vai de encontro às nossas pretensões para o Bairro da Nazaré, um projecto social, apoiado nas artes, no desporto e no espírito de voluntariado. Um projecto desenvolvido pelo Hugo Andrade, com o apoio da Patrícia Perneta e o Bruno Costa, que voluntariamente esforçam-se para dar uma nova dinâmica ao bairro, um bairro que se quer activo e que todos tenham orgulho em lá viver.


Apoiamos também a biblioteca municipal que após um ano fechada, graças a um esforço colectivo da Câmara Municipal e a Junta de Freguesia, foi possível reabrir as portas que a crise tinha fechado.
E neste ano recuperamos financeiramente a Junta de Freguesia, permitindo assim desenvolver um verdadeiro projecto de mudança.
Apoiamos diversas iniciativas nas mais variadas áreas, desde o desporto ao social, cultura, educação, tradições, que diversas entidades publicas, privadas, de solidariedade, culturais, desenvolveram projectos para a freguesia.

Um ano difícil, com objectivos talvez demasiado elevados, mas que com um trabalho de equipa, com uma vontade extrema, conseguimos atingir tudo a que nos tínhamos proposto. 
Um agradecimento especial ao José Castanha, ao Igor Andrade, ao José Sargo, ao Jaime Leandro, à Vanda Martins, ao Tiago Rodrigues e ao Dionísio Andrade.
Também não posso deixar de agradecer a quem diariamente dá a cara pela Junta de Freguesia, em todas as áreas administrativas e de gestão. Um obrigado à Dorita, à Isilda, à Mariete à Leonor e à Débora que recentemente teve de nos deixar.

Agradeço também a todos os vogais da Assembleia de Freguesia, que são o nosso suporte nas grandes questões políticas. Obrigado Thomas, obrigado Hugo e obrigado a todos os demais companheiros que nos acompanham desde o início da caminhada da Mudança.
Muito mais caminho temos pela frente e conto com o apoio de todos os que nos têm acompanhado

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

17 de Outubro - Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza

Se no passado olhávamos para este dia como sendo aquele dia em que os coitadinhos do 3º mundo tinham de ter uma especial atenção, nunca como neste últimos anos começou a fazer sentido falar de pobreza em Portugal.
Após um rápido crescimento económico, os países que num passado recente saíram do chamado 3º mundo, pensaram que a pobreza nunca mais voltaria a crescer e que o caminho seria o de uma melhoria contínua. Nada mais errado, crescemos, esbanjamos e muita da classe média, dá um grande passo atrás e cai novamente na miséria humana, onde muitas vezes nem a dignidade conseguem manter.

Como Presidente da Junta de Freguesia de São Martinho, recebo muitas pessoas que infelizmente encontram-se nessa situação. Casos dramáticos de fome, casas em ruínas, onde em dias de chuva, não conseguem dormir, estudantes que nem dinheiro para um lápis têm.
Não conseguimos erradicar essa pobreza, não é uma Junta de Freguesia que tem competência ou sequer capacidade para resolver o problema.

Como não conseguimos dar a cana de pesca, nada mais nos resta senão dar o peixe. É por isso que temos um grande trabalho social desenvolvido.
Apoiamos as famílias mais carenciadas com cabazes alimentares mensais. Com estes cabazes não só matamos a fome a quem usufrui deste apoio, como muitas famílias conseguem começar a equilibrar a sua vida.
Apoiamos também as famílias que têm habitações degradas. Um problema complexo, pois muitos dos problemas esbarram em barreiras legais, difíceis de resolver.
Apoiamos também os estudantes. No início do ano lectivo alguns estudantes da freguesia receberam apoios em materiais escolares e alguns livros. 
Apoiamos também os estudantes universitários. Não conseguimos apoiar todos os que nos procuram, por limitações orçamentais, mas mesmo assim, serão 10 estudantes que terão alguma folga.
Apoiamos também as instituições e associações que prestam um trabalho social na freguesia. 

Sabemos reconhecer quem muitas vezes sacrificam-se ao nível pessoal para que outros possam viver melhor.

Um trabalho social continuo, que só acabará quando olhar para a lista de inscritos nestes programas e essa lista se encontrar vazia. Uma utopia? talvez, um desejo.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Porque voto Seguro



Há 3 anos atrás, após a derrota do PS nas Legislativas de 2011, Seguro e Assis disputaram a liderança do PS, saindo vencedor Seguro. 
Apesar do péssimo resultado eleitoral nessas legislativas, mais ninguém além destes 2 ilustres Socialistas sentiram que tinham o dever de contribuir para a recuperação do seu partido.
Uma recuperação penosa após a assinatura do memorando da troika, que mesmo tendo o governo actual desvirtuado as linhas desse documento, nunca o PS deixou de estar associado a esse momento. 


Responsabilizaram o PS pelo estado a que chegou o País (e na verdade era quem comandava), ignorando por completo a conjuntura europeia que afectou de forma dramática todos os países do sul da Europa.
Com acusações de todos os partidos e com uma fraca imagem perante a opinião pública, o PS lá começou a subir o caminho das pedras, tendo Seguro traçado uma estratégia, onde falar a verdade era um dos seus pilares. 

Com as suas ideias para o país, muitas vezes ignorado pela coligação que chefia Portugal, Seguro volta e meia era chamado a consensos com o governo, numa tentativa de colar o PS aos atropelos permanentes a esse memorando. Nunca o PS de Seguro traiu os seus princípios nem os seus compromissos, manteve-se fiel à sua ideologia e ao caminho traçado por Seguro. Não entrou em populismos nem em demagogias baratas que tantos votos dão (vejam o caso do CDS). Talvez por isso mesmo não tenha tido uma subida meteórica que muitos queriam (independentemente dos princípios).

Chegado o primeiro embate eleitoral de Seguro, o PS tem uma grande vitória nas eleições autárquicas, recuperando a liderança da Associação de Municípios, perdida desde as autárquicas que provocaram a demissão de António Guterres. A estratégia seguida por Seguro, não só permitiu essa vitória eleitoral, como permitiu que o PS-M definisse a estratégia que mudou as cores do mapa da Madeira.
8 Meses após as autárquicas, novamente eleições, desta vez europeias e novamente uma vitória do Partido Socialista. Não foi a grande vitória ambicionada, mas é preciso novamente enquadrar os resultados. Quase todos os partidos socialistas europeus tiveram quedas vertiginosas, tendo o PS segurado uma vitória, contra uma coligação de direita. Esta coligação de direita teve a maior derrota da sua história. Houve também o fenómeno Marinho Pinto (é certo que os partidos têm de estar preparados para estas situações) que após uma sondagem em que dava a possibilidade da sua eleições, começou a haver uma concentração de votos com o intuito de eleger essa figura populista e demagógica que nada acrescenta à nossa democracia.
Ou seja Seguro desde que foi eleito Secretário Geral nunca perdeu eleições, nem nunca esteve perto de perder.

Sem dar sequer tempo para analisar os resultados eleitorais com calma, eis que surge António Costa a exigir a cabeça de Seguro. Ameaçou ir a congresso um ano antes, mas como viu que a conjuntura interna não lhe era favorável, como havia ainda resquícios do último mandato do PS na opinião pública, cobardemente recuou e comprometeu-se com Seguro, assinando documentos conjuntos. Um ano após, rasga esse compromisso, e enfrenta Seguro apenas por que sentiu que o partido precisava dele (volto a questionar e há 3 anos atrás após a derrota eleitoral o partido não precisaria dele?). Desafia a liderança porque sabe que troika já saiu do país, porque sabe que agora é mais fácil de fazer oposição, apesar de demagogicamente dizer o contrário.

Sobre pressão, Seguro resiste a um congresso antecipado e marca eleições primárias.
Com este processo ficou claro que o PS é realmente um grande partido, 145.000 inscritos, não militantes. A sociedade precisa do PS e quer o PS. 

Com a disputa facilmente começou-se a perceber que Costa tem um discurso oco, vazio. À semelhança do PSD-M pede que os militantes e simpatizantes assinem um cheque em branco. No último debate disse claramente que ia agora a eleições e que só daqui a algum tempo apresentará as suas linhas orientadoras. Nesse mesmo debate (que diga-se, não foi bom para o PS) ouviu-se diversas propostas da parte de Seguro e o que Costa pensava sobre elas. Houve consenso em algumas e claras divergências noutras, mas até aqui tudo normal, o que de anormal se passou foi que da parte de Costa novamente nada se ouviu, nenhuma ideia sua. Um vazio, o tal pedido do cheque em branco.

Numa época em que deveríamos estar concentrados no combate às políticas de direita, quando deveria de haver união, com as suspeitas que agora recaem sobre o Primeiro Ministro, está o PS envolto numa disputa eleitoral desnecessária, fora de tempo.

Relativamente à região, sei que Seguro conhece bem as nossas dificuldades, provocadas por décadas de Jardinismo, que sufocaram os madeirenses, com base num falso desenvolvimento do betão, onde não se criou condições para uma sociedade estável e sustentável. Seguro já por diversas vezes se comprometeu a ajudar a região caso seja Primeiro Ministro. Não voltará as costas, nem ignorará os madeirenses. Sei que podemos contar com ele. Apesar de nunca ter ouvido uma palavra de Costa sobre a região sei que também não desiludirá os madeirenses dando o apoio que necessitamos caso seja ele o escolhido.
Quero também salientar que a Madeira voltou a ter uma Eurodeputada eleita pelas listas do Partido Socialista, pela primeira vez numa posição claramente elegível e que Seguro em apenas 3 anos de liderança, foi o Secretário Geral que mais vezes veio à Madeira.

Voto Seguro, sei que é o melhor e que fará a diferença. Sei que fará política com seriedade, com compromisso. Com Seguro o país iniciará uma nova realidade política, sem lobbies, sem haver misturas entre a política e os negócios, uma governação virada para as pessoas, na defesa do estado social, na defesa do sistema nacional de saúde e da educação. Com perspectivas de crescimento, onde o investimento público estará em consonância com o investimento privado. Na defesa de mais e melhor função pública. Na aposta de um Portugal moderno, na exploração dos nossos grandes potenciais. António José Seguro ouviu também a sociedade, criou o Laboratório de Ideias e Propostas para Portugal e pretende dar a Portugal um Novo Rumo, a Mudança que Portugal necessita com um Pacto de Confiança.

A 28 de Setembro votem Seguro, Portugal merece um Primeiro Ministro assim.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Sídrome da mentira dos ressabiados

Nos últimos dias vi e li dois destacados políticos regionais, que baseiam os seus discursos nas mentiras e na ofensa fácil, sem concretizar as acusações que fazem, apenas com o intuito de denegrir a imagem de todos aqueles que ousam desafiá-los. 

Falo obviamente de José Manuel Coelho e de Gil Canha. 
Comecemos pelo primeiro e pelo partido que representa, o PTP. 

Há tempos, em conversa, um dos principais responsáveis por esse partido dizia-me que nunca seria pelo PTP que a coligação cairia, mas acontece que a cada semana que passa, esse partido ataca a coligação, quer seja o PS, ou mais recentemente o BE.
Um partido, segundo afirmavam, que tinha, como objectivo, deitar abaixo o PSD. Afinal, o seu único objectivo é deitar abaixo quem está no governo. Quer seja regional ou municipal, independentemente de fazer ou não parte desse poder! Se nos momentos de grande tensão no seio da coligação, que levou à renúncia de três vereadores, o PTP esteve bem, apoiou a coligação (pelo menos assim sucedeu nas reuniões do Grupo Municipal Mudança), com algumas exigências é certo, e sei que alguns dos Deputados Municipais, lutaram até ao fim para que houvesse estabilidade.
Passado pouco tempo, e após a demissão da Presidente da Assembleia Municipal (desejo esse que manifestou desde a primeira sessão da Assembleia Municipal, convém que isto se saiba) houve consenso na escolha do candidato a esse cargo, não havendo qualquer objecção por parte dos deputados do PTP. 
Após a primeira sessão da Assembleia Municipal presidida por Rodrigo Trancoso, onde foi apresentado um voto de protesto sobre os Jardins de Santa Luzia, a Deputada Raquel Coelho, aparece junto a esse jardim a reivindicar louros para o seu partido, quando sabiam bem que essa iniciativa partiu de outro partido.
Começa, assim, aqui o primeiro confronto com o Presidente da Assembleia Municipal, Rodrigo Trancoso, que após criticar essa atitude do PTP, num grupo fechado, vimos o líder desse partido colocar, no seu facebook, a fotografia de Rodrigo Trancoso, juntamente com Bruno Ferreira, que acompanhou essa crítica, de pernas para o ar. Uma atitude lamentável, com parceiros de coligação, já que se aproveitou de informação reservada a um grupo restrito de pessoas, num gesto de ressabiamento, faz essa brincadeira de mau gosto.
Passados uns dias, eis que esse mesmo PTP subscreve uma moção de censura ao Presidente da Câmara, a quem, supostamente, deveria de dar apoio na Assembleia Municipal! Quando aparece um artigo de opinião, escrito por meu pai, Duarte Caldeira Ferreira, militante socialista que muito lutou contra o PSD,  a falar sobre a “coligação” formada com essa moção de censura, PSD-PND (Madeira Velha e Madeira Nova) e PTP, eis que, novamente, surge esse mesmo líder partidário, no parlamento regional, a criticar o autor desse artigo, imaginem lá, num debate sobre incêndios! Acusou autor de ter tido negócio com Jaime Ramos! Enfim mais uma mentira de Coelho, que claro não objectiva a acusação, deixando apenas a dúvida no ar! Novamente atitude de ressabiado! 

Ao estilo de José Manuel Coelho, por esta fotografia, posso deduzir que Jardim e Miguel de Sousa andam de braço dado com Coelho, na famosa coligação PSD-PTP (aqui ainda sem PND)


Passemos agora a Gil Canha. 

O ex-vereador sofre também da mesma síndrome de Coelho, ou seja síndrome da mentira dos ressabiados.
Durante a crise da CMF, Gil Canha teceu duras acusações ao Presidente da Câmara, nomeadamente de que estaria feito com os grandes grupos económicos. Numa reunião entre os vereadores antes da demissão e os deputados municipais, questionei o Vereador Gil Canha sobre quais eram os fundamentos e suspeitas para fazer essa acusação. A resposta foi puro silêncio. É muito difícil defender uma mentira. Ia com o discurso ensaiado e quando começa o contraditório, não sabe como responder, pois está habituado a que, no confronto, todos tenham medo dele, calando-se assim! Lamento, Dr. Gil, não me intimida!
Gil Canha também reage ao mesmo artigo de opinião sobre a coligação PSD-PND-PTP (estou à espera da reação de alguém da parte do PSD para completar a “coligação” Madeira Velha/Madeira Nova) e, numa carta de leitor, começa a desbobinar disparates e mentiras de ressabiados. 
Fala no que iria onerar a CMF a mudança das secretárias do gabinete da vereação, pois é Sr. Dr. Gil, essas secretárias foram mudadas e em nada onerou a CMF, dado terem sido escolhidas dos quadros da própria autarquia! E sabe uma coisa, deixou de haver fuga de informação para ex-presidentes da CMF e demais oposição. 
Sobre o já tão falado episódio das taxas sobre a utilização do mercado, novamente o ex-vereador não diz a verdade. A taxa foi paga e, se calhar, ao contrário de muitas outras, até foi paga antecipadamente. Nunca o PS pediu qualquer isenção dessa taxa! 

Já agora, sobre o tacho que refere do filho e da nora, relembro que o filho foi eleito, a nora também fazia parte da lista de candidatos e deu o seu melhor para a vitória de 29 de Setembro, tendo, inclusivamente suspendido o mandato, para entrar a nova equipa, mostrando bem a sua hombridade, se considera que qualquer cargo de eleito é um tacho, então o Sr. é um grande tachista, pois foi vereador durante quatro anos, ainda que curiosamente, sendo, como diz, tão probo e impoluto não tenha ganho, então, sozinho a autarquia…

E enquanto andam com estes jogos de baixo nível, protegem o PSD, o seu novo amigo de coligação, que assim assiste de camarote à ofensa fácil, onde deixou de ser o visado, ficando à espera do tapete vermelho para a Quinta Vigia, estendido pelo PTP e PND




quarta-feira, 30 de julho de 2014

A rasteira de Baltazar

No passado dia 29 de Julho decorreu uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Funchal em que um dos pontos era debater e aprovar o seguinte:
"Reprovar, repudiar e censurar veemente a referida actuação do Presidente da Câmara Municipal."


Apesar de referir claramente a censura ao Presidente da Câmara Municipal, os Deputados Municipais do PPD/PSD, tentaram a todo o custo evitar que o documento fosse referido como uma moção de censura! 
Além dessa frase, que resumia o sentido da votação, o documento referia logo no primeiro parágrafo que "é competência da Assembleia Municipal acompanhar, fiscalizar e censurar a actividade da Câmara Municipal, do Presidente da Câmara e de qualquer dos seus membros - cfr. artigo 3.º, n.º 3, als. a), c) e h) do Regimento da Câmara Municipal do Funchal."

Vamos lá ver o que dizem as referidas alíneas:

Artigo 3º - Competências

N.º 3 - Competências de apreciação e fiscalização

Alínea a) - Acompanhar e fiscalizar a actividade da Câmara Municpal, dos serviços municipalizados, das empresas locais e de quaisquer outras entidades que integrem o perímetro da administração local

Alínea c) - Apreciar em cada uma das sessões ordinárias, uma informação escrita do Presidente da Câmara acerca das actividades desta bem como da situação financeira do Município, da qual conste toda a documentação referida na alínea y) do nº 1 do art. 35º do RJAL (aprovado pela lei 75/2013 de 12 de Setembro), que deve de ser enviado ao(a) Presidente da Assembleia com a a antecedência mínima de cinco dias sobre a data  do início da sessão para que conste da respectiva ordem do dia

E eis que surge a tal rasteira do primeiro subscritor desta moção. Assinar documentos que lêem apenas na diagonal, sem se dar sequer ao trabalho de saber o que diz cada uma das alíneas, dá nisto!

Alínea h) - Votar moções de censura à Câmara Municipal, em avaliação da acção desenvolvida pela mesma ou por qualquer dos seus membros

Pois é, é clarinho como a água que esta última alínea refere-se a uma moção de censura.

Não tendo sido a perda de tempo que levamos a debater uma moção sem consequências práticas, e que nada tinha a ver com assuntos de interesse para a autarquia, até teria tido a sua graça.

Foi interessante ver a atrapalhação dos Deputados Municipais do PSD a se desfazerem em argumentos, a evitar ao máximo que fosse a votação uma moção de censura que assinaram, rasteirados pelo primeiro subscritor!

Obviamente que não foram apenas os deputados do PSD os rasteirados, os próprios deputados do PND devem ter ficado com o mesmo sentimento, pois um deles abandonou a Assembleia logo no início do debate e o outro absteve-se. 

Quanto aos Deputados do PTP, o que estava presente que subscreveu o documento, optou por sair antes da votação, restando um deputado que não assinou o documento que se absteve.

Bem esteve a CDU que abandonou os trabalhos alegando que não foram eleitos para discutir assuntos que não têm qualquer interesse para o município.

Sendo a base do documento o apoio do cidadão Paulo Cafôfo a um amigo que se candidatava a um órgão de um partido, em que os subscritores consideram que este acto a titulo particular "resultou no envolvimento do Município por ele liderado e da cidade do Funchal em questões do foro interno do Partido Socialista", considero que todos os subscritores do documento, estarão em permanente representação da Assembleia Municipal, sendo que, a partir desse dia, todos os seus actos envolvem a Assembleia Municipal, quer estejam em casa a ver televisão, num restaurante, ou numa pancadaria na rua da Alfândega.

Apenas para concluir que esta moção de censura foi chumbada tendo apenas um voto a favor que foi o do primeiro subscritor.

sábado, 29 de março de 2014

A pimbalhada Albuquerquista

Sem grande vontade, lá fui esta noite a uma discoteca recentemente inaugurada, para um concerto de José Cid.
Um cantor e compositor, que passou a vida num carrossel, cheio de altos e baixos, estando claramente num ponto muito baixo da sua carreira.



Uma pimbalhada corrida, ao som dos seus hit's, entre macacos que gostam de bananas, cabanas junto à praia, favas com chouriço, e outras espécies de músicas mais, remisturadas pelo próprio, dando um ar mais juvenil, irreverente, mas igualmente pimba.

A certa altura, o cantor chama o presidente, e entre tantas ilustres personalidade presente nesse espaço nocturno, não conseguia vislumbrar que presidente chamaria Cid.

Quando dou por mim vejo Miguel Albuquerque no palco (presidente de quê?), agarrado ao microfone, ajudando o pimba na sua odisseia a tentar animar a malta. Velhos hotéis, velhos caquécticos, velhos tentando se auto promover, através de uma plateia seleccionada de personalidades, que procuravam loucamente pelo fotografo para aparecer nas revistas cor de rosa regional. 

Não deixou de ter a sua piada, eram brunistas, jardinistas, albuquerquistas, empreiteiros do regime, entre outros que tentavam de algum modo se divertir, que assim ficaram de queixo caído ao ver tamanha saloiice do ex da Câmara

E como se não bastasse, talvez a agradecer algum jeito do passado, ou a pensar num futuro pimbalhoso, lá foi José Cid gritando e pedindo uma salva de palmas ao "melhor presidente de todas as câmara" (relembro um buraco financeiro de 93 M€) e vivas a Albuquerque.

Voltei para casa cedo, com um sorriso nos lábios, percebendo ao que se sujeita quem não tem mensagem para passar, e que procura através de uma vida social activa passar uma ideia de quem nada tem de conteúdo, mas que quer parecer ser o melhor do mundo.

Enfim episódios interessantes, divertidos, jogos de poder, de um poder em fim de vida, mas que mesmo assim, ainda procura por algum náufrago que através de uma respiração artificial ainda tenta dar um ar de quem ainda está aí para as voltas.





terça-feira, 4 de março de 2014

Discurso na Sessão Solene dos 435 anos da Freguesia de São Martinho


No início do século dezasseis, a Madeira foi assolada pela peste negra. Na altura os madeirenses imploraram a São Martinho, Bispo de Tours que olhasse por eles.
A 23 de Julho de 1537 a vereação do Funchal fez um voto a este Santo para que prontamente desaparecesse a peste. Com este voto, decidem erguer um altar na Sé, com capela perpétua, onde se rezaria uma missa todas as quintas-feiras.
A 3 de Março de 1579, por alvará régio, foi criada a paróquia de São Martinho, estabelecida nessa data, numa fazenda com capela, pertencente a Afonso Anes.
Assim nasce a paróquia de São Martinho, que a partir de 1916, passou a designar-se como Freguesia.
Muitos anos de história, muitos anos de tradições. Uma história que muito nos honra e que queremos preservar na memória de todos os que aqui vivem.
São Martinho é, nos dias de hoje a freguesia da Região, com maior número de eleitores, sendo praticamente todo o seu território urbano. A sua população triplicou nos últimos 30 anos. O seu território está dividido em vários sítios, sendo alguns deles muito distintos. A sul, com o mar a banhar a nossa costa, foi o local escolhido para a construção dos grandes hotéis, os complexos balneares e onde muitos madeirenses e não só, escolheram para construir as suas casas e comprar os seus apartamentos. Sem dúvida uma das zonas do Funchal mais urbanas. Destaco também a mais formosa das nossas praias, que por erros do passado, artificializando a natureza com a ligação ao ilhéu aí existente, alterou a dinâmica da praia, fazendo-a recuar estando parte dela sem calhau. É necessário emendar este erro. Não se pode acabar com um dos poucos locais gratuitos, onde os funchalenses podem ir a banhos.
Para oeste temos as casas mais isoladas, as grandes plantações de banana, fazendo com que esta freguesia seja a maior produtora na região, deste fruto tão apreciado.
Pela sua orografia e por ser uma zona de expansão, foi também o local escolhido para implantar o grande bairro social da Nazaré. Uma grande obra social, bem desenhado urbanisticamente, mas infelizmente, muito esquecido por quem tutela a habitação social ao nível regional.
É aqui em São Martinho que os turistas têm o seu primeiro contacto com uma levada, a levada dos Piornais. Um percurso pedonal, que precisa de alguma reabilitação, mas que constitui um grande atractivo. Há que reabilitá-la e sinalizá-la.

Uma das características desta freguesia, são os seus picos e um deles, poderá ter dado o nome à nossa cidade, pois aí existia funcho em abundância, sendo por isso mesmo o Pico Funcho.
As Freguesias são a primeira porta disponível para os cidadãos, aquela porta que muitos recorrem nos momentos de aflição, momentos de verdadeira dor, muitas vezes à procura de uma solução para o seu problema, para as suas dúvidas. Outros apenas batem à nossa porta para que alguém ouça a sua voz. Por vezes à procura de uma palavra de conforto. As pessoas querem ser ouvidas e cá estamos nós para ouvi-las, para pensar nos seus problemas, para procurar soluções, ou então para encaminhar para quem pode solucionar. Nessa porta estou cá eu para receber as pessoas. É comigo que falam, sou eu que dou a cara por elas, não me escondo num gabinete qualquer.
É esse o grande e nobre trabalho de proximidade que uma Junta de Freguesia deve prestar.
Há pouco mais de 4 meses, quando aqui chegamos, deparamo-nos com uma casa aparentemente arrumada, mas com graves problemas. Essencialmente financeiros. Além desses problemas verificamos que encontrava-se num estado de letargia. Houve a preocupação tão típica do regime que ainda persiste, com a obra pública, pagando-se por vezes valores exorbitantes por pequenas obras. Eram feitos uns passeios sociais e entregavam cabazes no natal. Alguns apoios às escolas e pouco mais era feito. Esta Junta pouco olhava por aqueles que sofrem diariamente com as dificuldades geradas por uma crise sem precedentes que se abateu sob a Europa, agravada na Madeira pela falta de visão do governo regional.
Os tempos são de Mudança, são tempos de esperança. Vamos olhar pelas pessoas. Vamos apoiar aqueles que têm sido esquecidos pelo regime. É por isso que estamos a implementar o nosso programa, um programa com um verdadeiro cariz social.

Há fome em São Martinho, há pessoas que vivem em condições desumanas. Já este ano, estive na casa de uma senhora, com 86 anos, que não tem luz eléctrica! Não podemos ficar indiferentes a estes dramas e por isso, vamos apresentar aqui na Assembleia de Freguesia regulamentos, para que não haja dúvidas sobre quem vamos apoiar e como vamos apoiar. Queremos transparência. Vamos apoiar as famílias ao nível alimentar e ao nível habitacional. Neste âmbito, seremos também a voz da Câmara Municipal do Funchal, na divulgação dos programas sociais, tais como Câmara à Porta, Ajuda nos medicamentos e Fundo Social de Emergência.
Apoiaremos aqueles que pensam na Freguesia, que desenvolvem projectos para a freguesia, seja na área social, do desporto, das artes, e acima de tudo do voluntariado.
Vamos olhar pelos nossos jovens. Vamos às escolas, recebemos as crianças. Ainda ontem decorreu um torneio de futebol no campo de São Martinho, outros mais faremos ao longo do ano. Estamos a preparar apoios aos clubes da freguesia, que numa vertente social, assim ponham os nossos jovens a praticar desporto, a afugentá-los dos perigos que espreitam quando acabam a meninice e se tornam adolescentes. Temos de manter os nossos jovens ocupados, com bons hábitos e acima de tudo com amor-próprio. Faremos a festa do desporto em Junho, onde queremos que haja uma grande participação em diferentes desportos.
Vamos recuperar tradições, festas de antes, que foram esquecidas. Vamos recuperar o Festival de Folclore. Em Setembro próximo, sem megalomanias, faremos dessa festa, a festa das tradições da nossa terra.
E porque não podemos nos esquecer de quem nos visita, em Maio haverá um evento gastronómico nos jardins panorâmicos. A festa da nossa gastronomia, dos sabores da Madeira. Contamos com a participação dos nossos hoteleiros. Uma iniciativa inédita na cidade, que julgamos que passará a fazer parte dos eventos anuais da nossa cidade.
Iniciamos os mercados locais. Começamos aqui. Aqui mesmo à porta, mas outros locais poderão surgir. Mais uma forma de apoiar quem precisa. Não só quem vende, que assim consegue um complemento para satisfazer as suas necessidades, assim como para que compra, pois conseguem adquirir produtos a preços convidativos.
Queremos também uma maior proximidade aos cidadãos. Para isso serão implementados os orçamentos participativos. Um processo que envolverá todos os que quiserem participar. Um processo de participação política e cívica.

A modernização faz também parte dos nossos horizontes. Iniciaremos dentro de em breve estudos para implementação da autarquia digital. Acabar com o papel, simplificar operações, respostas imediatas. Não será fácil, mas lá chegaremos.
Para contribuir para toda esta nossa actividade, reduzimos custos. Investimos na eficiência energética. Um esforço agora, que muito em breve dará os seus lucros. Revimos contratos e eliminamos desperdício.
Contamos também com o apoio do tecido empresarial da fr
eguesia. Foi exemplo disso o apoio que muitas empresas deram no natal, contribuindo com donativos para que os mais carenciados tivessem um pouco mais de alegria nessa quadra tão marcante para a sociedade madeirense. Obrigado. Sei que não é fácil nestes momentos de crise e por isso sei que muitos fizeram um esforço para esse contributo. Mais uma vez, obrigado.
Queremos que este ano seja o verdadeiro arranque. Tornar a Freguesia de São Martinho mais dinâmica. Não aceito que pela sua dimensão, pelas suas qualidades e pelas suas pessoas que São Martinho vá a reboque de outros. Temos de ser um exemplo a seguir.
É precisamente pelo exemplo a seguir, que decidimos homenagear quem não fica de braços cruzados, quem fez e faz pela freguesia. Que levam o nosso nome mais além. É com muita honra que homenageamos 4 personalidades da freguesia nas áreas das artes, do desporto e da religião, pois tendo ou não fé, ninguém pode ficar indiferente ao papel da igreja na nossa sociedade. São homenageadas também duas empresas que com a sua visão, geram emprego, geram riqueza, geram prosperidade.
Ângelo Gomes
José António Gonçalves
Cónego Dias
Padre Sumares
Grupo Pestana
Grupo Porto Bay