Madeira do Avesso

Madeira do Avesso

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Os pormenores do CDS

Segundo o Diário da Cidade, José Manuel Rodrigues considera que todas as medidas de austeridade do governo PSD/CDS de que ele suporta, são para resolver pormenores, ao afirmar que António José Seguro na sua vinda à Madeira "...pega em pormenores, como o cumprimento do défice e a diminuição da receita fiscal..."
Estará este Sr. a gozar com os Portugueses que viram a carga fiscal aumentar drasticamente e os subsídios de férias cortados?
Não foi com base nessa diminuição do défice e aumento da receita fiscal, que foi exigido a todos os Portugueses que fizessem este esforço quase sobre-humano?

Quanto às suas palavras sobre o condicionamento de Seguro por causa do PS ter assinado o pacto com a troika, não me parece que haja qualquer vinculo do PS ao que se passa actualmente, pois o que este governo está a implementar vai muito além do assinado há mais de um ano atrás e os resultados estão à vista! A economia sempre a cair, com o desemprego a aumentar, a carga fiscal a aumentar e a receita a cair, as empresas a fechar e mais grave ainda, o défice não vem para os números com que este governo se comprometeu com a troika.

A margem do deputado José Manuel Rodrigues é que é muito grande, quando vê que vai falhar com os seus eleitores madeirenses, responde com mágoa ou foge ao compromisso. Isto é que são manobras de diversão, mas que deixam-nos muito mal!

Quanto à estratégia do CDS a nível nacional, não posso deixar de aplaudir, tão maquiavélica que ela é, mas com excelentes resultados, baseados na pura demagogia, ultrapassando o próprio BE nesse sentido.
Após muitas feiras em que Portas andou a fazer tudo por tudo para deitar abaixo o governo anterior, com demagogias, insurgindo-se contra o aumento da austeridade, ficando histérico com o preço dos combustíveis quando o petróleo estava a 160 dólares, etc, refugia-se no ministério dos negócio estrangeiros, fazendo de conta que nada tem a ver com este governo, deixando todo o papel de maus da fita para Passos e companhia e vendo a sua popularidade aumentar em flecha!

Agora aparece a dizer que não admite mais aumento de impostos, em contra ciclo com o seu parceiro, fazendo tremer a coligação. Caso a derrube, ainda aparece como o salvador da pátria como se este não fosse um problema da sua autoria.

Quando Paulo Portas aparecer nas feiras e quando José Manuel Rodrigues andar nos arraiais, cá estaremos nós para relembrar às pessoas qual o papel de cada um, no que se passa no nosso País!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Finanças anulam a legitimidade destes governos

O PSD/CDS ganharam as últimas eleições legislativas nacionais, com base em falsas promessas em que não haveria mais austeridade, os subsídios dos portugueses eram sagrados e em que o reequilíbrio  seria feito na sua maioria pelo controlo da despesa pública, e não pela receita.
Passado mais de um ano sobre a sua governação, vemos que a austeridade aumentou vertiginosamente, com todos os impostos a subirem em flecha, com subsídio de férias e de natal confiscados (apesar de ser inconstitucional), com o desemprego em níveis nunca antes vistos ou previstos, com as insolvências a aumentarem de dia para dia, e com as famílias a falirem.
Contra o anunciado, o governo foi pelo caminho mais fácil, ao tentar equilibrar as contas pelo lado da receita (sim porque o corte nos subsídios no meu ver é um aumento da receita, pois é dinheiro que tiram aos portugueses) em vez da despesa.
Como resultado desta péssima política de Passos/Portas, a economia caiu e a  receita caiu também, apesar do aumento exponencial das taxas agora praticadas!
O governo já admite que não cumprirá o défice previsto para o ano, com uma queda na receita na ordem dos 3.000 milhões.
De que é que valeram estes sacrifícios impostos aos portugueses, que acreditaram na suas palavras, enquanto candidatos às eleições?
Que legitimidade tem mais este governo para continuar à frente dos destinos de Portugal, que apresentaram um programa de governo que não é o que foi a votos e que após um ano de governação provaram que falharam completamente os seus objectivos, deixando os portugueses na miséria e com o futuro de Portugal comprometido por gerações!!

Na Madeira a situação não é muito diferente.
Os Governos de Alberto João Jardim, que deram cabo da Madeira durante décadas, com um desenvolvimento artificial, feito para madeirense ver (sim, porque tenho a certeza que os turistas preferiam a "madeira velha"), foram novamente a eleições, sem programa eleitoral, sem se conhecer a verdadeira dimensão da dívida e sem conhecer muito menos que medidas seriam necessárias para inverter o descalabro financeiro!
Apoiado pelo CDS, na ocultação das medidas que aí viriam, mais uma vez o PSD ganhou as eleições com maioria absoluta, podendo continuar a impor a política desequilibrada como de costume.
Seis meses após a implementação destas medidas, verificámos o que já era óbvio para muitas pessoas, o PAEF não é exequível, e apesar de termos os impostos mais altos de Portugal, a receita caiu mais de 40 %, com especial destaque para a queda do IVA em 40 %, apesar do grave aumento que teve.
Coloco a mesma questão da república, tem este governo regional legitimidade para continuar à frente dos destinos da Região?
Tanto na república, como na região, os governos Passos/Portas e Jardim, fizeram contrair a economia, retraíram o consumo e estragaram tudo!

Façam um grande favor a todos nós (já que o PR está a cuidar das suas laranjas em Belém), demitam-se e dêem novamente o poder da escolha aos madeirenses e aos portugueses. 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O Dia da Cidade

Comemora-se hoje o 504º aniversário da cidade do Funchal.

Miguel Albuquerque diz ao Diário de Notícias que "o facto de ser um rebelde" não prejudicou a cidade!!!

Desde quando é que Albuquerque é rebelde? Desde há meia dúzia de meses quando anunciou a sua candidatura à liderança do PSD é que passou a ser considerado rebelde, pois nesse partido democrático, que tem opinião contrária é considerado um dissidente. Ninguém se pode opor à opinião da Quinta Vigia!

Antes deste projecto de candidatura, que rebeldias Albuquerque fazia?

Dizia que sim a tudo o que era directiva do PSD, sendo seu vice presidente durante bastante tempo, sem nunca se ouvir dizer que era contra isto ou aquilo.

Albuquerque também tem os mesmos tiques de governação de Jardim, pois nas comemorações do dia da cidade, cala a oposição, ficando o laranjal autista a falar sozinho.

Enfim, mais do mesmo!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O Carrilho, o Alberto o Arraial do Monte e o JM

Há um ano atrás Alberto João Jardim expulsou uma jornalista do Diário de Notícia, da sacristia da Igreja do Monte no dia do arraial, simplesmente porque não gostava dela e do diário que representava.

Na altura fiquei perplexo com a prepotência do governante e com a passividade do representante máximo da Igreja Católica regional que permitiu que a Igreja ficasse à mercê dos amuos de Jardim

Na altura enviei um mail ao episcopado a manifestar a minha indignação com a situação que a Igreja  permitiu!

Como seria de esperar do primo do Senhor Silva, a resposta que obtive foi silenciosa, tal qual uma criança quando faz uma asneira e fica calada e envergonhada.

Passado um ano, leio no Diário de Notícias que a mesma Igreja, proibiu a entrada a toda a comunicação social, com excepção dos jornalistas do Jornal da Madeira!

Volto a fazer a mesma pergunta que fiz à um ano atrás ao D. António Carrilho, quem manda na Igreja? O governo ou o Bispo? Que medos tem o Bispo? Que quer esconder com essas portas fechadas?

Não faço estas perguntas ao governo, porque o dono das chaves dessa sacristia é a fraca Igreja católica, que cada vez mais se mistura com o poder a ver se consegues mais uns milhões para construção de templos megalómanos, para meia dúzia de beatas de olhos vendados!

E o que dizer do argumento que o Jornal da Madeira existe, segundo argumentos do governo, para que haja pluralidade ao nível da comunicação social, se depois em cerimónias comuns dos donos desse pasquim, apenas permitem a entrada desse órgão de comunicação social?

Enfim, mais uma novela desta nossa terra, em que quem assume funções de poder, usa todos os meios que têm ao seu alcance, para tentar moldar o pensamento do seu povo. Resquícios de uma idade média em que quem mandava era a nobreza e o clero, fazendo do povo uma cambada de idiotas que abanavam a cabeça a tudo, prestando vassalagem ao mais prepotente dos governantes e do bispo mais mesquinho!

Mais uma vez o carrilhão ficou mudo, quando se esperava uma sinfonia!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O descalabro do ministro da economia

Não sendo leitor frequente do Jornal da Madeira, pasquim ao serviço do governo regional e do PSD-M, volta e meia passo por lá os olhos para descontrair e rir com a propaganda governativa ao melhor estilo do ministro da informação do Iraque.

Hoje passei os olhos pelo JM de ontem e chamou-me a atenção um pequeno apontamento jornalístico com o título de 3.000 milhões desperdiçados.

Obviamente que com este título nunca poderia ser uma notícia sobre a economia madeirense, pois se fosse o título seria completamente diferente, louvando a maneira como o governo regional esbanja milhões com disparates, fazendo com que a culpa seja de um fantasma qualquer que percorre os corredores vazios nas noites da quinta vigia.

A notícia propriamente dita não era novidade alguma, mas sim um pequeno resumo do que não se deve fazer ao nível da economia de um país, ou seja, afugentar tudo o que é investimentos privados, que poderiam ajudar a alavancar a debilitada economia portuguesa e a criar empregos que Portugal precisa para inverter a situação aflitiva de muitas famílias.

Nesse apontamento referiam os seguintes casos que o ministro dos pastéis de nata, o amigo Álvaro, conseguiu cancelar:

Complexo turístico do Alqueva,
Fábrica de painéis fotovoltaicos de Abrantes,
Exploração mineira em Torre de Moncorvo.

Só com estes 3 projectos que foram à vida, o país perdeu investimentos na ordem dos 3.000 milhões de euros e 8.000 postos de trabalho!

Além destes 3 casos, o pasquim ainda enumera o abandono da fábrica de baterias para Aveiro, no valor de 56 milhões e 200 postos de trabalho e a fábrica de pás de rotor em Viana do castelo no valor de 55 milhões de euros e 500 postos de trabalho!

Além do valor dos investimentos e criação de postos de trabalho que se perdeu, perdemos também a oportunidade de produzir equipamentos destinados essencialmente à exportação, com óbvias melhorias na balança comercial, assim como deixamos de ter um complexo turístico que iria atrair imensos estrangeiros, contribuindo para contrariar a desertificação do Alentejo!

Será que este governo PSD/CDS não vê que cada Passo que dá, são Portas que se fecham?
Será que esta coligação negativa consegue sobreviver a tanto descalabro governativo?

Mandem lá de volta para o Canadá o Álvaro, que faz mais falta lá do que cá!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Processos contra o estado

Achei graça às palavras de Jardim hoje, relativamente à suposta dívida do estado à região devido à saúde e à educação, no valor de 9.000 milhões de Euros.

Quem é que negociou (muito mal) no passado, com a república os termos da autonomia e os seus custos?

Os deputados da oposição na época alertaram para a escalada dos custos com a educação e saúde e que agora vieram a se confirmar!

Como de costume, Jardim manda as culpas para cima dos outros e ameaça processar o estado por esta suposta dívida.

E que sentido faz a região processar o estado, se ainda há pouco tempo o governo PSD/CDS da república, exigiu que a região retirasse todos os processos da região contra o estado, para que fosse possível assinar o PAEF?

Quando este PAEF falhar e tiver de ser renegociado, não irá este governo exigir novamente que sejam retiradas todas as queixas contra o estado?


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Senilidades de um governante

Hoje passei os olhos pelo pasquim Jornal da Madeira Online e perdi uns minutos a ler o artigo de opinião de Alberto João Jardim.

AJJ numa atitude de desespero faz um apelo às massas para que a próxima festa do Chão da Lagoa não seja o fiasco que se prevê.

O governante chega ao cumulo de chamar a essa festa, de "celebração da autonomia política", como se a nossa autonomia fosse propriedade do PSD e não dos madeirenses!

Avança ao longo das suas decrepitas linhas com insulto à república e como de costume, ofende a oposição com palavreado barato, por apenas ter feito o seu trabalho e ter estado no terreno quando as populações mais precisavam de conforto.

Enquanto a Madeira ardia, os "abutres", "bandalhos" e "chacais" andavam no terreno, e governantes de zonas altamente afectadas, estavam a banhos no Porto Santo!

Quanto à propaganda contra a nossa economia e o nosso emprego, o Sr. com os seus actos é diplomado com distinção por uma qualquer universidade privada deste nosso país que tanto odeia.

Após a leitura, só posso deixar um apelo, deixem este senil governante a falar sozinho no Chão da Lagoa.