Madeira do Avesso

Madeira do Avesso

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O CDS e o JM

Todos nós sabemos que o PSD-M quer manter o Jornal da Madeira a todo o custo, pois assim consegue publicidade gratuita. Com todos os seus velhos militantes a escreverem disparates diariamente, alguns apresentando sinais claros de sinilidade precoce, e com uma linha editorial que praticamente só noticía o governo e a ala jardinista do PSD.



A novidade do dia é que parece que o CDS-M de José Manuel Rodrigues e de Rui Barreto também querem manter o Jornal da Madeira nos mesmos moldes que os actuais.
Continuando a sua senda demagógica e populista, o CDS-M continua com um discurso na Madeira e outro em Lisboa.
No passado dia 26 de Junho o líder do CDS-M, ainda antes da sua fuga com o rabo entre as pernas da AR, absteve-se na votação do requerimento apresentado pelo PS e pelo BE, para ouvir a autoridade da concorrência e a ERC sobre a situação do JM. Na altura esse fugitivo alegou que a discussão desse tema era extemporâneo! Primeiro sinal de concordância com esta situação. 
Ontem, novamente pela mão do deputado do PS-M, Jacinto Serrão, o assunto foi novamente a votação na AR e por incrível que pareça, passou! O PSD que deve estar em completa ruptura com Jardim, absteve-se!
Mais espantoso foi a nova abstenção do CDS. E agora pergunto eu, continua a ser extemporâneo? Agora que a ERC já deliberou, qual é a sua desculpa Sr. Deputado José Manuel Rodrigues? Custa-lhe assim tanto aprovar uma medida apresentada pelo PS-M, ou está a preparar a estratégia para alimentar o sonho do CDS-M de ir para o governo juntamente com o PSD-M e assim poder também controlar esse órgão de comunicação social?

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O orçamento da desgraça

Hoje esteve em debate o orçamento para a região para 2013, anunciado por um fraco secretário das finanças, com graves problemas de dicção e mais grave ainda, a defender um documento muito mau.

Lendo o ORAM na diagonal, há certos números que saltam logo à vista.
Para a via litoral e via expresso, já foram pagos mais de 770 milhões de euros e ainda está por pagar 1890 milhões de euros.
As sociedades de desenvolvimento, já quase sem actividade, se extintas, permitiriam uma poupança na ordem dos 25 milhões de euros.
Manter o Jornal da Madeira, só terá dois propósitos, tirar aos contribuintes mais de 3 milhões de euros, para pura propaganda de uma facção do PSD.
Em pleno período de grande austeridade, em que sectores fundamentais da nossa economia sofrem cortes profundos,  o orçamento da ALM cresce!
O governo continua a manter participação em capitais de empresas, tais como os Cimentos Madeira, teleféricos, entre outros, que alienados renderiam verbas preciosas para os cofres da região.
Continua no orçamento verbas destinadas a obras já efectuadas e inauguradas.
Está previsto no ORAM um crescimento da nossa economia de 0,3 %, quando toda a previsão de colecta de impostos directos está em queda. Qualquer pessoa minimamente interessada verá que existe aqui um grande contra senso, e se a queda da economia se der na proporção da baixa da colecta, então a situação será ainda mais grave do que imaginamos.

E muito mais haveria para dizer sobre as falsas contas que o governo nos apresenta.

Do pouco que ouvi do "pseudo debate" de hoje, não posso deixar de dizer que achei alguma graça quando o secretário das finanças disse que "o único culpado da região ótonoma da Madeira estar assim tão endividada era do Partido Socialista". Será que estes srs. do PSD pensam que estão a  falar com jericos?
Esse mesmo incompetente que ajudou a afundar a Madeira disse também que as obras públicas geraram imenso emprego! Nota-se! Esse sr. que vá ao centro de emprego, para ver os empregos qualificados gerados pela Madeira Nova. Tenha alguma vergonha na cara.

Sobre o presidente do governo regional, nem uma palavra a dizer sobre o obreiro da desgraça, pois nem ele próprio já é capaz de abrir a boca para defender o orçamento que reflete os seus mais de 30 anos de governação.

Uma coisa é certa, o PSD que negociou o PAEF com o governo da república PSD/CDS, fará tudo para cumprir esse plano suicida, que levará a Madeira à desgraça, e quando já não sobrar qualquer sector da nossa economia, já não haverá solução, já não haverá autonomia, sobrará apenas desemprego, fome, miséria, emigração, famílias completamente partidas, e claro, alguns barões ao verdadeiro estilo medieval.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Passos na Madeira, vamos a ele!

"Não caucionarei com a minha presença na Madeira esse tipo de comportamentos"
Pedro Passos Coelho, Setembro 2011

O ilustre cidadão Pedro Passos Coelho, presidente do PSD, decidiu vir à Madeira, para aclamar mais uma vez as politicas ruinosas de Alberto João Jardim.

O solidário Primeiro Ministro de Portugal, que nem uma palavra disse sobre as tragédias ocorridas na costa norte da Madeira, não perdeu tempo em anunciar ajudas para a tragédia ocorrida no Algarve, tendo inclusive dado um puxão de orelhas a um dos seus ministros por não ter anunciado as ajudas ao Algarve. 
E a Madeira? Não faz parte de Portugal? Não merece também ajudas quando ocorre uma tragédia provocada pela natureza?

Ao ler a notícia no Diário de Noticias online, fiquei com a sensação que ninguém avisou Passos Coelho que Albuquerque perdeu as eleições internas, pois este foi o seu grande apoiante na Madeira e é o mais próximo das suas ideologias política.
Jardim é que terá de engolir muitos sapos no próximo fim de semana durante o congresso do PSD-M. Deverá ser esse o motivo pelo qual o PSD-M vai reunir à porta fechada. 
Vai engolir o sapo Albuquerque, pois o presidente da Câmara Municipal do Funchal, não irá ficar calado e irá mostrar a força dos seus quase 50 % dos votos que obteve.
Vai engolir o sapo Passos Coelho que até poderá fazer um discurso de apoio ao fraco líder Jardim, mas que de certeza que não deixará de marcar o seu desagrado com as políticas do PSD-M, nem que seja em privado.
Vai engolir o sapo do ódio com que a população em geral começa a sentir por si, pois viveram iludidos durante décadas, julgando que éramos ricos, mas que afinal vivíamos num castelo de cartas que começou a desmoronar, sem recuperação possível.

A última vez que Pedro Passos Coelho cá esteve foi no encerramento do anterior congresso do PSD-M, o que mostra como está se borrifando para os madeirenses, pois como Primeiro Ministro recusa-se a cá vir. Não que ache necessário a sua presença aqui na Madeira, mas não deixa de ser uma região de Portugal, com muitos problemas, com necessidades especiais e quem sabe se desse umas voltinhas pela nossa terra, se ouvisse as pessoas, se conhecesse a realidade do comércio e da industria madeirense, se olhasse com atenção para o que se passa na ALM, talvez a sua consciência ficasse pesada e talvez falasse com o seu amigo Cavaco, para que este talvez pudesse pôr termo a este desgoverno.

Como não acredito em milagres, como não acredito em mudanças repentinas de ideias, como não acredito nestas políticas de Passos Coelho e como não acredito nestas políticas de Alberto João Jardim, talvez esteja na altura dos madeirenses se revoltarem e prepararem uma visita a esse congresso e mostrar a esses dois senhores, que com os madeirenses não se brinca!


sábado, 17 de novembro de 2012

A Madeira não é Portugal!

Após os temporais da semana passada que assolaram principalmente o norte da Madeira, e que gerou grande destruição na Ribeira da Janela, Seixal, São Vicente, Faial e Machico, os governantes começaram a fazer as suas visitas e das suas bocas poucas palavras saíram, além da constatação da destruição evidente.
A chuva intensa, aliada à política do betão, que estreitou ribeiros e provocou instabilidade nas falésias pelo rebentamento de cargas explosivas exageradas na construção das estradas da Madeira nova, e a juntar à negligencia por parte das autoridades por não terem limpo as serras dos pinheiros mortos por uma doença, fizeram com que houvesse arrastamento de terras, pedras e troncos enormes pelas montanhas abaixo, desviando ribeiros dos seus cursos naturais.
Houve várias casas destruídas, carros perdidos, muitos bens materiais resultantes de vidas de trabalho e de recordações que desapareceram, feridos isolados durante horas, alguns com gravidade e zonas completamente isoladas durante dias, como já não se via há anos.
Além de casas, houve quem perdesse completamente os seus terrenos, transformados em poios ao longo de séculos pelos seus antepassados e houve também caminhos agrícolas que simplesmente caíram montanha abaixo, impossibilitando os agricultores de chegarem aos seus campos e aos seus armazéns.

O que é que se ouviu do secretário do ambiente? Nada
O que é que se ouviu do presidente do governo regional? Nada
O que é que se ouviu do governo da república? Nada, nem uma palavra de solidariedade!

Ontem andou um tornado pelo Algarve, com efeitos também devastadores, que destruiu casas, carros, infraestruturas públicas e houve também alguns feridos.
Menos de 24 horas após a tragédia algarvia, um ministro do governo PSD/CDS deslocou-se de imediato ao local, para averiguar o sucedido e começar a tomar medidas para a normalização da zona e preparar planos de apoio.

Não peço para a Madeira a visita de ministros deste governo odioso, mas peço solidariedade nacional equivalente à do Algarve e peço aos governantes Madeirenses que tomem as devidas medidas de modo a que se possa retomar a normalidade com brevidade e que os prejudicados sejam ajudados como é hábito nestas situações.

Mais uma vez a Madeira é posta de lado, pelo vingativo governo de Passos/Portas, talvez devido apenas às más relações entre o governo da RAM e o governo da república!

Mais uma vez, está na hora de dizer basta a estes governos incompetentes, medíocres e moribundos.

domingo, 4 de novembro de 2012

Os danos colaterais das eleições do PSD-M

As eleições internas do PSD-M foram extremamente esclarecedoras no que diz respeito aos sentimentos dos seus militantes que de repente perderam a vergonha na cara e começaram a dizer com as palavras todas o que se passa na Madeira desde que Jardim é presidente.

Durante o período eleitoral, Albuquerque começou a sentir na pele, o que o PSD sempre fez com a oposição, que não é mais do que usar a máquina do governo e do seu PSD altamente financiado por fundações, que por sua vez são alimentadas pelo lobby da construção, para campanha eleitorais permanentes, com um nível de linguagem muito baixo, e com muitas ameaças à mistura.

Pois é, caro Dr. Albuquerque, está a provar do seu próprio veneno, que foi muito útil, nas diversas campanhas em que foi candidato à CMF.

No dia das eleições, começou a correr nas páginas do Diário de Notícias online, a usual tentativa de controlo de mesas eleitorais, ficando por saber se foram usados carros da EEM, ou camarários para transportar os eleitores às urnas.

Chegado o momento da contagem dos votos, começou por se notar uma onda de euforia na sede de Albuquerque e um roer de unhas na rua dos Netos. Acabou por se confirmar o esperado, ou seja, a vitória de Jardim, confirmando a importância de uma máquina de campanha extremamente feroz e bem lubrificada.

Com a diferença mínima, começam a cair os tubarões, como foi caso de São Vicente de Gabriel Drumond. Políticos em fim de carreira, ao estilo de patriarcas, em que a sua influência desce para níveis insignificantes, talvez devido também a uma certa senilidade ridícula e a discurso gasto.

Durante a noite eleitoral e manhã seguinte começam a perder a vergonha. Foram várias as palavras proferidas por Jardim e por seus seguidores próximos, que a única coisa que têm de surpreendente é de apenas dizerem o que todos nós sabemos.

"Eleições no PSD-M: Jardim confessou haver militantes descontentes por serem sempre os mesmos a ocupar funções públicas...", página do Diário de Noticias, no Facebook.

Quanto às várias declarações do assessor de Jardim, André Rodrigo Freitas, é então de levar as mãos à cabeça
Começa por colocar no seu mural do Facebook a seguinte declaração:
"Ganhamos e isso é o que interessa!
O Santo Amaro para o PSD veio mais cedo, segunda-feira é dia de limpeza!
E como costumo dizer, VAMOS A ELES!"
Após se aperceber da barbaridade que escreveu, apagou de imediato este seu post e publicou outro em jeito de justificação, em que as revelações foram igualmente gravosas e que deveriam ser investigadas pelo ministério público:
"Muita boa gente que comentou negativamente, o meu anterior post já pediu favores (inclusivé a mim) mas que se não fosse essa ajuda, do dito regime, não tinham levantado cabeça na vida."
e ainda diz mais:
"Novamente muita boa gente, quando acabava o seu curso e/ou montavam a sua empresa, a primeira coisa que faziam era inscrever-se no PSD Madeira, sei porque desde os meus 15 anos que ando no partido e nas respectivas lides, para se aproveitarem da ocasião e do Partido para benefício próprio"
Enfim um descalabro de palavras que mostram claramente o sentimento destas gentes e algumas daquelas verdades que todos nós sabemos.

Quanto a uma outra das figuras que esteve muito em destaque nestas eleições, Dr. Bruno Pereira, ex-director regional do turismo e ex-vice presidente da CMF, foi bastante claro que apostou no cavalo errado. Deu uma facada nas costas de quem o levou ao colo até a ribalta da política madeirense, e ficou claro que como candidato à CMF não terá mínima hipótese de ganhar. Resta-lhe esperar que Jardim faça a remodelação do seu governo, para ir para secretário regional do turismo e assim Jardim poderá avançar com o seu candidato Sérgio Marques.

Para terminar, não posso deixar de achar graça ao oportunismo CDS-PP, que volta a defender um governo de emergência regional, impondo apenas a condição de Jardim ser afastado!
Com quem quererá governar o CDS? Com Jaime Ramos? com Cunha e Silva? com Rafaela Fernandes? com Miguel de Sousa? com o fiel Bruno Pereira? os será com o seu aliado Albuquerque, para juntamente seguirem a bíblia de Passos Coelho?

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Direita repugnante

A mesquinhice atacou a direita regional sem olhar a meios para levar a sua política populista avante!

O líder regional do CDS, perito em cambalhotas, ando a brincar com o Orçamento de Estado de 2013, como se de uma coisa trivial se tratasse.

Primeiro sai da AR sem quase nada ter feito por lá além de umas fugas estratégicas e de uns votos com mágoa, contra os interesses da região e a única vez que votou do nosso lado, teve de fazer um alarido, como se essa barulheira conseguisse apagar as facadas enfiadas nas costas dos madeirenses.
Sai cobardemente da AR para deixar a consequências do voto no OE numa figura menor do seu partido.

Daí para cá JMR inicia mais uma sessão de piruetas, fazendo inveja aos artistas do Cirque du Solei.

Primeiro insurge-se contra o OE que segundo as suas palavras "é melhor ter uma crise política do que ter um mau orçamento de estado em 2013, que vai sacrificar brutalmente as famílias portuguesas, fechar milhares de empresas e provocar milhares de desempregados, do que estar numa paz podre que não interessa a ninguém"

Passado um ou dois dias, o mesmo já esta a favor do OE (o tal que provoca uma paz podre que não interessa a ninguém), "Em nome dos interesses nacionais, uma crise política neste momento seria desastrosa e poderia colocar Portugal perto da situação grega, o que não interessa".

Uns dias mais à frente volta novamente a se desdizer e volta a estar contra o OE, "não serve os interesses do país e da Madeira" "não salvaguarda que a receita da sobretaxa sobre o IRS seja pertença da Região", verba de investimentos do Estado para a Região "é insignificante"

Enquanto o OE segue a sua discussão, aguardamos por mais umas cambalhotas.

Entretanto JMR regressa à Madeira com o teatro da demissão de vice do seu partido e como é obvio e natural assume o seu lugar na alm, mas com mais uma peça de teatro.
Com saída de Rui Barreto para a AR, entra a líder da JP para deputada na ALM pois era a candidata em 11º lugar, acontece que com o regresso de JMR, essa Sra. deveria sair para que o líder tomasse o seu lugar, só que com um estatuto da ALM completamente idiota, o CDS juntamente com o seu companheiro PSD, baralham o esquema e sai o 10º para entrar o 11º!

Com esta atitude, o líder do CDS, recém chegado à Madeira, consegue romper um pacto inédito, feito por todos os partidos da oposição, seguindo os mesmos jogos que o PSD já nos habituou ao longos destas mais de três décadas.

Custa-me a perceber qual o rumo e quais os princípios deste partido, que demagogicamente soube aproveitar o desgaste do PS nacional e o desgaste do PSD-M.
É importante que se perceba que em gente desta espécie não se pode confiar, pois não olham a meios para atingir os seus fins!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O grande Albuquerque

Hoje na capa do Diário de Notícias é dado mais uma vez grande destaque à candidatura de Miguel Albuquerque às eleições internas do decrépito partido que governa a região há mais de três décadas e que conduziu a região ao estado calamitoso em que nos encontramos.


Albuquerque reclama e esperneia do tratamento que tem tido desde que anunciou a sua candidatura contra o PSD de Alberto João.
Pois é Sr. Presidente da Câmara, é esse o mesmo PSD que sempre apoiou e que muitas vezes aplaudiu de pé, que sempre tratou de igual modo ou pior todos os partidos da oposição. Não percebo o seu espanto.
Quantas vezes também o Sr. não falou da oposição com desdém e com um sentimento de superioridade?

O que é que o Sr. tem de novo para apresentar aos madeirenses que os partidos da oposição não tenham apresentado antes?

Que margem de manobra tem o Sr. para negociar com o governo da república, ao representar o mesmo PSD que deixou a Madeira na penúria? E quais as suas diferenças com Passos Coelho que tanto apoia? Não defende o Sr. as mesmas políticas que a dupla Passos Coelho/Vítor Gaspar? É que neste ponto é realmente diferente de toda a oposição e até mesmo de Jardim, pois se a memória não me falha, deve ter sido o único que ainda não criticou as políticas deste governo da república PSD/CDS.

Explique-nos lá qual é legado que deixa, como presidente da Câmara do Funchal durante anos e anos? Uma cidade deserta, com o comércio moribundo e entregue a chineses, com centros comerciais em exagero que destruíram de forma quase irreversível o comércio tradicional da baixa do Funchal. Construção e mais construção de apartamentos vazios, muitos sem qualquer plano e deslocalizados. O PDM foi interrompido vezes sem conta de modo a beneficiar as obras dos amigos do regime (o tal que agora tanto critíca).

Uma cidade que tem vindo a perder a sua vida e que perderá o seu ambiente cosmopolita que vem desde séculos passados.

Por fim não posso deixar de notar que essa sua dupla posição actual de presidente camarário e de candidato à liderança do seu partido o fez engrandecer de tal modo que já pensa que um líder de um partido numa região portuguesa tem tantos poderes quanto o Presidente da República, capaz de dissolver a Assembleia Legislativa da Madeira! Isso é que é ser grande, isso é que é egocentrismo, digo mais isso é que é enganar os seus eleitores, isso é que é uma grande mentira!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

As Cambalhotas de Rodrigues

Este folhetim do CDS faz-me lembrar quando era criança/adolescente em que só tínhamos RTP-M. Sem a opção para fazer zapping, lá íamos vendo os telejardins e as telenovelas brasileiras que quando chegava à sexta-feira o episódio acabava sempre num momento empolgante para que ficássemos impacientes para a segunda-feira.

Ora bem, este caso da nossa política interna não foi deixado em suspense durante o fim de semana, mas foi moendo durante a semana, e finalmente chega aos episódios finais deste capítulo num dia de semana. Caramba, ao menos podiam prolongar pelo fim de semana e alimentando assim muitas conversas de café.


Num ziguezague com cambalhotas à mistura, José Manuel Rodrigues, a querer mostrar força e garra após ter abandonado a república num dos momentos mais cruciais da nossa democracia, começa a fazer frente ao governo que sustentou durante mais de um ano e ameaça com rotura do seu pupilo substituto Rui Barreto, que ao votar contra o OE, ganharia popularidade para o seu caminho até à câmara municipal do Funchal. José Manuel Rodrigues chega a dizer "O CDS deseja estabilidade política mas não à custa da destruição do tecido económico e social do país (...). Mais vale uma crise política agora do que termos um Orçamento para o próximo ano que vai agravar profundamente a recessão económica, conduzir ao encerramento de milhares de empresas e criar mais desemprego"

Menos de 24 horas depois eis que o líder do CDS-PP nacional anuncia o voto a favor do OE (o tal que ele já tinha concordado no conselho de ministros) e o seu vice presidente e líder do CDS-PP Madeira vem reforçar essa coesão nacional com o partido e com o governo: "o vice-presidente do CDS José Manuel Rodrigues sublinha as palavras de Paulo Portas e afirma que o partido votará a favor do Orçamento do Estado para evitar uma crise política."

Em que é que ficámos Sr. deputado José Manuel Rodrigues? mais vale uma crise política agora, ou evitámos uma crise política?

Neste momento seguirá aquela fase aborrecida dos folhetim televisivos, mas que com certeza quando as pessoas receberem os seus salários de Janeiro, muita revolta vai haver e o folhetim poderá entrar outra vez numa fase empolgante!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O traidor e o corno no poder

Começo agora a escrever estas linhas sem a certeza que até ao fim desta minha escrita, ainda haja governo em Portugal, mas com a certeza que mais algum golpe de teatro irá decorrer neste tempo.


Comecemos pelo início desta novela com 3 personagens principais e muitas secundárias. 
Há um mês atrás Pedro Passos Coelho apresenta ao país as medidas que alteram as regras da TSU. Essas medidas apresentadas em conselho de ministros tiveram o apoio dos ministros dos CDS-PP presentes e com o ministério de  Mota Soares, como principal beneficiário destas graves alterações para os portugueses.
Paulo Portas que encontrava-se fora do país, começa a mandar recados via comunicação social, num golpe de teatro, para o seu parceiro de coligação, colocando o PSD como o único responsável por estas medidas. Daí para cá sabemos o que aconteceu, Cavaco convoca o conselho de estado e lá voltou tudo ao início, com a coligação a salvo após esta primeira traição.

Passado este episódio, vem o ministro das finanças Vítor Gaspar anunciar as medidas de austeridade que haviam já sido discutidas em Conselho de Ministros e que teria preparado com o seu secretário de estado para os assuntos fiscais, Paulo Núncio do CDS. 
Mais uma vez a comunicação social começa a noticiar que o CDS estaria revoltadíssimo com estas medidas e que iria tudo fazer para que houvesse alterações até ao seu fecho.
Maratona após maratona de conselhos de ministros até à manhã do dia da entrega do Orçamento de Estado na Assembleia da República, eis que às 6 da tarde, Vítor Gaspar ao seu lento estilo apresenta o OE praticamente igual ao anunciado dias antes. Este OE aprovado pelos ministros do PSD e CDS é o mais cruel e pior da história da democracia em Portugal e o mais criticado por especialista de todos os quadrantes políticos e que segundo as palavras do ministro, sem qualquer margem para alterações, fazendo com que a AR apenas o possa aprovar ou rejeitar.

Após a sua apresentação começa novamente a guerra na comunicação social entre o PSD e o CDS (os chamado conselhos de ministros na praça pública). Os deputados do CDS desdobram-se em comunicados, mensagens no facebook, aprecem nas televisões e jornais, furiosos pelo desrespeito pela coligação! Segunda traição.

Isto leva-me a colocar várias perguntas:
Paulo Portas, Assunção Cristas e Mota Soares não estavam no Conselho de Ministros onde o OE foi aprovado?
Paulo Núncio, secretário de estado dos assuntos fiscais do CDS não participou juntamente com Vítor Gaspar na elaboração do OE?
Porque é que Passos Coelho não anunciou estas medidas com Paulo Portas ao seu lado de modo a mostrar a solidez da coligação e a comprometer os dois partidos?
Porque é que Paulo Portas permanece num silêncio ensurdecedor? Não se ouve a voz dele desde que fez uma magnífica campanha eleitoral nos Açores na passada sexta feira e que lhe deu grandes resultados!

Por várias vezes o CDS comportou-se como um traidor, que pela frente concorda com as decisões tomadas pelo governo do qual faz parte, e de seguida põe os seus deputados e outros elementos a fazer oposição serrada às suas próprias decisões, colocando o PSD como o odioso e o mau da fita que programou tudo o que há de mau, enquanto o CDS aparece como o elemento que tenta minimizar a situação e como salvador da pátria.
Por sua vez o PSD porta-se como o verdadeiro corno que é enganado vezes sem conta e continua a cair nas mesmas armadilhas do seu parceiro. Apresenta sozinho as medidas cruéis e deixa que o seu parceiro o acuse de não o ouvir e que por isso tem todo o direito a ser traído.

Fui novamente ver se havia novidades relativas à coligação e vejo que Portas cancelou uma viagem que iria fazer com Passos Coelho a Bucareste. Fiquei na dúvida, será o fim do governo ou será mais um golpe de teatro entre o corno e o traidor  Poderiam ter aproveitado os momentos a sós para uma segunda lua de mel, quem sabe se não será isso que lhes faz falta?


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O mosquito e o PSD

Agarrado à raquete dos mosquitos, a tentar evitar mais umas mordidelas desse bicho terrível importado pelas obras da Madeira nova, vou lendo os jornais da região e as suas respectivas páginas online, para acompanhar o folhetim AJJ-MA.

Albuquerque está furioso com o uso sem regras do JM e dos tempos de antena do PSD-M, por parte da candidatura de Jardim. Agora que Albuquerque prova do veneno da sua própria casa vem se mostrar ofendido, tendo ficado calado no passado, sempre que o PSD-M usou e abusou para desancar na oposição, estendendo-se sempre que possível esse poder de influência a outros órgãos de comunicação (nomeadamente à RTP/RDP).
Miguel Albuquerque, embora mais discretamente, usa também o seu poder de influência para todos os dias no DN surgirem notícias a seu favor. Quem ler as edições dos últimos dias do DN, poderá ver que quase diariamente o DN anunciava os apoiante de MA. Uma publicidade gratuita a uma candidatura interna de um partido, como nunca se viu por parte de um jornal supostamente independente.

Por outro lado Jardim vai escrevendo o seu folhetim quase diário no JM, dando por agora um descanso aos partidos da oposição, pois a sua raiva está totalmente direccionada para Albuquerque.
É impressionante como AJJ usa deste meio de comunicação social pago por todos nós para escrever sobre os estatutos do PSD-M, entre outros assuntos do foro interno desse partido.

Hoje o JM tenta colocar as culpas da proliferação do mosquito do dengue na CMF. Obviamente que governo e câmara deveriam ter trabalhado em conjunto para se ter evitado chegar ao ponto onde chegamos, mas ao ouvir ontem um deputado do PSD-M no programa Parlamento da RTP-M, com um timbre de voz e modo de falar igual a Jaime Ramos (talvez o seu ídolo), chegamos à conclusão que a culpa do mosquito estar cá é da maçonaria, dos chineses, dos comunistas, dos gays, entre outros.

Entretanto com um secretário dos assuntos sociais que não sabe falar, que tenta esconder a realidade dos madeirenses, tal qual todo o governo, vamos sabendo as informações sobre o evoluir da praga pela DGS.

Com este ambiente de guerrilha no PSD-M, em que vice's traem quem os promoveu e os levou a onde estão, com todas as figuras de alto relevo a dar entrevistas a apoiar este ou aquele, o madeirense fica à nora, sem governo regional, os funchalenses com uma câmara cambada e sem rumo e os meios de comunicação social a escrever quase em exclusivo sobre esses assuntos, como se não quiséssemos saber o que realmente de grave se está a passar na Madeira.

E após mais uma chupadela de um mosquito que teima em escapar à minha raquete chinesa, cheguei à conclusão que mais grave que este mosquito, são as chupadelas destes vários (des) governos (república, regional e camarário).


sábado, 6 de outubro de 2012

Portugal do Avesso

E no último feriado do 5 de Outubro, Portugal ficou de canelas para o ar, com o culminar de mais uma semana de grande agitação política.


Na Terça Feira o Ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, anuncia as medidas que cozinhou com o seu Secretário dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio do CDS, que aumentam a carga fiscal sobre o IRS em quase 35 %, além de outras medidas avulsas.
O maior aumento de impostos que alguma vez ocorreu em Portugal, como o próprio reconheceu "um aumento enorme", não veio acompanhado de qualquer medida de estímulo à economia, e sobre a redução da despesa, a tal obesidade, o ministro limitou-se a dizer que iriam procurar onde poderia reduzir a despesa! Sobre a receita foi extremamente rápido, sobre a despesa devagar, devagarinho e parado!

Entretanto o CDS que no início de Setembro enviou uma carta aos seus militantes a dizer que já teríamos atingido o limite no aumento de impostos, também trabalhou bem nestas medidas, através do seu Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.
Claro que agora deverá de vir a público dizer que mal foi ouvido nestes assuntos e que não concordou e que até apresentou medidas alternativas.
Um grande companheiro e extremamente leal! Portas, uma pessoa de muita confiança!!

Passado o choque fiscal e quase sem dar tempo para respirar, o governo vai à Assembleia da República enfrentar as suas 2ª e 3ª moção de censura.
Argumento para cá, argumento para lá, com Portas muito atacado pelo que disse no passado quando oposição e pelo que disse mais recentemente sobre os tais aumentos de impostos, e com Francisco Louçã a ler parte do programa eleitoral do PSD, em que tudo o que dizia era precisamente contrário do que agora faz, com a indicação no seu próprio programa de que tudo o que prometiam iriam cumprir, pois conheciam bem a situação portuguesa e tudo o que apresentavam era exequível.
As moções foram chumbadas como seria de esperar e lá terminou a semana ao nível de governo.

Para terminar em grande, Portugal virou do avesso.

Numa cerimónia do 5 de Outubro em que a pedido do Presidente da República, feita à porta fechada, com medo dos manifestantes, eis que Cavaco hasteia a bandeira ao contrário num claro sinal de território tomado pelos inimigos, ou de território a pedir socorro.
Apesar da segurança apertada, Cavaco ainda teve direito a uma canção ao estilo de ópera com o poema A Firmeza, e com um protesto de uma senhora que já aguenta mais a miséria em que Portugal está!



sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A Câmara

Grande trapalhada que se passa no seio do PSD-M, agora com desenvolvimentos na câmara municipal do Funchal.

Bruno Pereira, n. 2 de Miguel Albuquerque, começou por se auto candidatar à presidência da CMF, com o apoio do n. 1, mesmo contra a vontade de Jardim, que para minar o grupo  da câmara, avança com o nome de Sergio Marques. Perante esta investida de Jardim, Bruno Pereira anuncia que nem que fosse como independente se candidataria à câmara.

Perante o perigo de perder a maior autarquia da Madeira, Jardim acaba por ceder e decide que o filho do ex presidente do Funchal, seria o candidato oficial do partido (Jardim demonstra assim que as concelhias de nada servem).

Hoje começámos a perceber que este apoio de Jardim não foi gratuito. Um dia após a maioria dos vereadores do PSD terem apoiado publicamente o vereador Costa Neves por este se ter insurgido contra a obra do aterro do Funchal, eis que Bruno Pereira, regressado de uma viagem (que foi oportuna para não ter de manifestar o seu apoio ao colega do ambiente), suspende o seu mandato da câmara, durante o período das eleições internas do PSD e após se ter tornado público que faria parte da nova comissão política.

Assim desta maneira Bruno Pereira mostra o seu apoio incondicional a Jardim, virando as costas a quem o promoveu para voos mais altos, enfiando facadas nos apoiantes de Albuquerque.

É assim que se vê a coluna vertebral de uma pessoa, que por uma questão de interesses políticos pessoais vende-se.

Depois de Pedro Calado ter estado a meio tempo para prestar um favor aos bancos, a CMF vê-se sem vice presidente por questões partidárias e com o vereador responsável pelas obras, João Rodrigues, em rota de colisão com os colegas, o que restará da câmara mais importante da região?

Será que o PSD tem condições para continuar à frente dos nossos destinos?

Como será o regresso de Bruno Pereira à câmara, passado o período de campanha do PSD? Será que Albuquerque irá se demitir caso perca as eleições internas, deixando assim o caminho aberto para o vice, ou vai continuar à frente de uma câmara partida, falida, sem confiança na sua equipa e sem confiança dos munícipes?

Mais uma grande trapalhada de um partido que arruinou a Madeira e que está a implodir, enquanto os cidadãos sofrem as consequências dos desvairos laranjas.


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Esquerda e direita uma questão de princípios

"Nunca mais votarei num partido de direita"
Palavras de uma amiga minha neste fim de semana.

Após os confrontos ideológicos no período pós 25 de Abril em que as questões direita/esquerda estavam bem presentes nos pensamentos dos portugueses, passou-se para um período de indiferença, pois as politicas estavam bem ao centro, com os partidos do poder PS/PSD com políticas muito próximas, sendo as diferenças muito poucas.

Com o aparecer da crise internacional, o país deixou de ter o crescimento económico que teve desde a entrada na UE em 1986 e foi necessário começar a aplicar planos de austeridade para controlar as contas públicas.

Com estes planos de austeridade começou-se a acentuar novamente as diferenças entre direita e esquerda nas escolhas que os partidos fazem/propõem.

Os partidos de extrema esquerda (PCP e BE) sempre foram muito fiéis aos seus princípios, pondo em causa o funcionamento do sistema  politico/financeiro e a própria integração europeia.

O actual governo PSD/CDS está claramente a governar com políticas de direita, em que a classe trabalhadora é altamente prejudicada, com o agravar dos impostos do trabalho em benefício dos patrões e do capitalismo.
Chegámos ao ponto do CDS se congratular com o não aumento de impostos para imóveis acima dos 300.000 € e nada ter feito sobre os impostos e taxas cobradas às classes mais baixas.

Quando vemos que o governo de direita aumenta a taxa social única para os trabalhadores, sem que estes venham a ter qualquer benefício ao nível de reforma, e baixa aos patrões que pouparão milhões, não havendo quase ganho algum para o sistema de segurança social, não poderemos deixar de reagir! Este foi o maior ataque aos trabalhadores portugueses desde que há democracia em Portugal, em que pela primeira vez na sua história, os salários muito baixos terão um retrocesso!

Como é que se compreende que façam este aumento na TSU, de forma cega, sem olhar aos rendimentos de cada família, em vez de ir pela via dos impostos, com diferenciação nas classes sociais, protegendo desta forma os baixos salários?

Com as políticas de direita, impostas pelo governo PSD/CDS em pouco mais de um ano, tivemos no passado sábado a maior manifestação de que há memória em Portugal, saindo o país todo à rua.

Esquerda - Protege os trabalhadores dos patrões e do capitalismo desenfreado
Direita - Protege o capitalismo, sem olhar aos direitos dos trabalhadores.

Está na altura de começarmos a olhar para os partidos com maior atenção, pois nestas alturas de grandes dificuldades é que vemos qual a opção de cada partido sobre os trabalhadores e sobre o capitalismo.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O parceiro CDS que finge que não é nada com ele

Já me começa a irritar profundamente as palavras dos dirigentes centristas madeirenses, que falam como se o CDS nada tivesse a ver com este governo da república.

Começa logo pelo seu líder, o tal que é campeão nas fugas da AR, que ficou parado a ver para que lado dava o vento, para depois se insurgir contra as medidas do seu governo da república. Após anúncio que liderava a contestação interna sobre o próximo OE, nas notícias do dia, não leio o seu nome. Estranho! Não é ele um ex jornalista que controla a comunicação social? Ou não terá havido a tal contestação, não podendo deste modo ser notícia?

Depois tomam o povo madeirense por burros ao dar a entender que o CDS não foi tido em conta nas decisões do governo sobre o OE!

Vejámos lá então quem é influente que compõe o governo.


Paulo Portas - ministro de estado e dos negócios estrangeiros e líder do CDS que garante a existência da coligação.
Mota Soares - ministro da solidariedade e da segurança social, ministério que vai gerir um super orçamento, pois toda esta nova colecta é pertença da segurança social
Paulo Núncio - secretário de estado dos assuntos fiscais, trabalha directamente com Vítor Gaspar.

Estes 3 nomes apresentados não sabiam o que se passava no governo? Não nos chamem de idiotas!
Até acredito que o grupo parlamentar não saberia o que aí vinha, mas o líder nacional!

Uma coisa é muito clara (devem ser as tais ideias claras) o líder nacional e o regional têm a mesma escola, quando as coisas se complicam, afastam-se de modo a não se comprometerem, um vai para o estrangeiro e apela ao seu patriotismo, para como líder de um partido de coligação se esconder sob uma carapaça (porque é que não vai a uma feira agora), o outro, o regional, também foge quando as coisas não lhe correm a favor, de modo a não se comprometer muitas vezes contra o seu eleitorado.

Se as coisas fossem realmente como estes tais dirigentes centristas madeirenses dizem, como é que Portugal ainda tem governo? A vossa sede de poder é assim tão grande que vão contra os vossos princípios? Mais, se estavam assim tão alheados destas medidas, o que é que fazem no governo? passeiam apenas pelo mundo?  

Na capa do jornal i, vejo que Paulo Portas conseguiu um grande feito ao evitar o aumento do IMI para imóveis acima dos 300.000 €. É cada vez mais claro quem defende o CDS! Viva os ricos, que se lixem os pobres!

Vamos lá ver a coerência destes centristas regionais e vou aguardar pelo votação do OE, há três hipóteses na mesa, José Manuel Rodrigues vota contra e assim é coerente, vota a favor, mas com mágoa, ou, talvez a mais previsível, junta-se aos seus companheiros do bando dos cinco e foge da assembleia com o rabo entre as pernas e vêm para a Madeira dizer que prestaram um grande serviço aos madeirenses!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

À volta dos números de Gaspar

Após a catadupa de notícias e de contas feitas sobre as novas medidas de austeridade, pus-me também a fazer contas e fiquei mais triste e revoltado com as soluções deste governo para a saída da crise.

Segundo as contas do jornal de negócios, 0,1% das empresas portuguesas têm uma poupança de 800 milhões de euros (representará 35% do valor total) com a redução da TSU em 5,75 %. Extrapolando os valores, verificamos que os trabalhadores dessas mesmas empresas vão pagar mais 973 milhões de euros.
Fazendo a diferença, o estado arrecada com estas medidas mais 173 milhões de euros, mais sai de circulação em consumo, os tais 973 milhões.
Facilmente verificamos que se estes 973 milhões circulassem na nossa economia, o estado só em IVA iria arrecadar mais do que os 173 milhões que entram a mais nos cofres do ministério de Mota Soares. Além do valor do IVA, o estado perde também receita de IRC, pois o consumo baixará e as empresas venderão muito menos, tornando-as ainda mais débeis e mandarão mais pessoas para o desemprego, o que fará aumentar as prestações sociais!
E estamos a falar de apenas 0,1 % das empresas que representam 35 % da verba total, ou seja, na realidade estes números são multiplicados quase 3 vezes.
Das pequenas e médias empresas, apenas 10 % tirarão benefícios destas medidas, o que só reforça o disparate.

Quanto ao estímulo na economia que Passos/Gaspar afirmaram que as empresas poderiam ter com esta redução, é mais um disparate. Se pensarmos que o custo da mão de obra média, no custo final  das empresas andará na ordem dos 25 %, então facilmente se verificará que a redução final no custo das empresas não deverá ultrapassar os 1,5 %. É este o valor que fará com que as empresas venham para Portugal? E qual é a retracção do consumo que irá gerar?
Esta mudança na TSU faz também com que na primeira vez da história de Portugal, os trabalhadores que recebem ordenados muito baixos, vejam os seus rendimentos diminuírem!

Quanto a outras medidas, vejo que mais uma vez vão aos bolsos dos pensionistas da classe média, que rapidamente caminham para classe baixa.

No lado oposto, aumentam o imposto sobre juros, mais valias e dividendos em apenas 1,5 %!

Um governo cada vez mais capitalista, esquecendo completamente o estado social, mas que se lembra bem de quem o ajudou imenso no passado a derrubar o governo anterior, os grandes senhores do dinheiro portugueses.

Não queria acabar sem umas palavras sobre a Madeira, onde vejo Alberto João Jardim aos pulos por causa desta medida, que retira 100 milhões € à economia madeirense, mas que no passado por muito menos demitiu-se com o argumento que mudaram as regras do jogo a meio do campeonato e que por isso os madeirenses deveriam de votar um novo programa de governo. (Ah já me esquecia que Jardim foi eleito da última vez sem programa de governo, tirando-me assim este meu último argumento).

sábado, 8 de setembro de 2012

O imposto chamado segurança social

Hoje o nosso primeiro ministro falou ao país, tal como Jardim fala aos madeirenses, julgando que todos nós somos crianças burras que acreditam em tudo o que lhes dizem, para anunciar que os portugueses não aguentam mais aumentos de impostos, por isso aumenta a taxa da segurança social para todos os trabalhadores.

Após o amuou do CDS que como parceiro da coligação que governa o país, disse que não aceitava mais aumentos de impostos, eis que Passos Coelho e Vítor Gaspar, tiram um coelho da cartola e aumentam a contribuição da segurança social para todos os trabalhadores e entrega essa verba a um ministro do CDS.
Segundo o jornal público, Nuno Magalhães do CDS, "destacou, as medidas não significam aumento de impostos, uma exigência do CDS-PP."!

Para mim, como mero trabalhador do privado, vejo que me vão tirar mais de um salário líquido por ano, por via do aumento da minha carga contributiva (IRS+TSU)

Olhando bem para esta medida agora anunciada, podemos constatar que o governo continuar a tomar medidas inconstitucionais, pois continua a haver uma discriminação entre privados/pensionistas/funcionários públicos, pois estes dois últimos mantêm cortes de 2 salários e os privados um.

Mais, nunca um governo atacou de maneira tão feroz os trabalhadores com salários mais baixos, pois no passado só a partir de um determinado nível de rendimentos é que haviam cortes, com as medidas hoje anunciadas, todos os trabalhadores, incluindo quem recebe o salário mínimo, perde um salário líquido por ano.

Este governo com esta medida, vai arrecadar muito mais que com os cortes deste ano, pois antes só os funcionários públicos e pensionistas tinham cortes de 2 salários, actualmente  estes cortes mantêm-se por igual e acresce o aumento da TSU em todo o sector privado que é muito maior que o público! Isto só prova que o plano que este governo traçou com a troika falhou redondamente e precisam de procurar receita seja lá onde for!

Por fim deixo a seguinte pergunta, sendo a TSU o garante das nossas reformas, este aumento vai para os cofres da segurança social, ou vai para os cofres das finanças?

domingo, 2 de setembro de 2012

A queda

Há muitos anos, já o meu pai dizia ao próprio Alberto João Jardim, que se não saísse pelo seu próprio pé, ainda acabaria escorraçado, e segundo as suas palavras, num moribundo até o burro dá coices!

Não é com espanto que vejo o que hoje aconteceu na festa da uva no Porto da Cruz. Apesar de condenar este tipo de atitudes, só mostra o descontentamento cada vez mais crescente das populações, que no meio da sua cegueira, sempre deram apoio incondicional a Jardim, permitindo que se tornasse prepotente e que com a sua loucura eleitoral fizesse as obras que fez, muitas delas inúteis e com custos de manutenção elevadíssimos!

Como se não bastasse o que lhe aconteceu, que podia lhe abrir os olhos para que fosse um pouco mais humilde, atira-se logo de seguida aos jornalistas por lhe fazerem perguntas sobre finanças regionais numa festa da uva, como se o seu discurso fosse apenas dedicado às uvas!

Enfim a prepotência continua e pelo andar da carruagem, vão chover muito mais cervejas até cair da cadeira!

Fotografia do diário de notícias online de hoje.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Os pormenores do CDS

Segundo o Diário da Cidade, José Manuel Rodrigues considera que todas as medidas de austeridade do governo PSD/CDS de que ele suporta, são para resolver pormenores, ao afirmar que António José Seguro na sua vinda à Madeira "...pega em pormenores, como o cumprimento do défice e a diminuição da receita fiscal..."
Estará este Sr. a gozar com os Portugueses que viram a carga fiscal aumentar drasticamente e os subsídios de férias cortados?
Não foi com base nessa diminuição do défice e aumento da receita fiscal, que foi exigido a todos os Portugueses que fizessem este esforço quase sobre-humano?

Quanto às suas palavras sobre o condicionamento de Seguro por causa do PS ter assinado o pacto com a troika, não me parece que haja qualquer vinculo do PS ao que se passa actualmente, pois o que este governo está a implementar vai muito além do assinado há mais de um ano atrás e os resultados estão à vista! A economia sempre a cair, com o desemprego a aumentar, a carga fiscal a aumentar e a receita a cair, as empresas a fechar e mais grave ainda, o défice não vem para os números com que este governo se comprometeu com a troika.

A margem do deputado José Manuel Rodrigues é que é muito grande, quando vê que vai falhar com os seus eleitores madeirenses, responde com mágoa ou foge ao compromisso. Isto é que são manobras de diversão, mas que deixam-nos muito mal!

Quanto à estratégia do CDS a nível nacional, não posso deixar de aplaudir, tão maquiavélica que ela é, mas com excelentes resultados, baseados na pura demagogia, ultrapassando o próprio BE nesse sentido.
Após muitas feiras em que Portas andou a fazer tudo por tudo para deitar abaixo o governo anterior, com demagogias, insurgindo-se contra o aumento da austeridade, ficando histérico com o preço dos combustíveis quando o petróleo estava a 160 dólares, etc, refugia-se no ministério dos negócio estrangeiros, fazendo de conta que nada tem a ver com este governo, deixando todo o papel de maus da fita para Passos e companhia e vendo a sua popularidade aumentar em flecha!

Agora aparece a dizer que não admite mais aumento de impostos, em contra ciclo com o seu parceiro, fazendo tremer a coligação. Caso a derrube, ainda aparece como o salvador da pátria como se este não fosse um problema da sua autoria.

Quando Paulo Portas aparecer nas feiras e quando José Manuel Rodrigues andar nos arraiais, cá estaremos nós para relembrar às pessoas qual o papel de cada um, no que se passa no nosso País!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Finanças anulam a legitimidade destes governos

O PSD/CDS ganharam as últimas eleições legislativas nacionais, com base em falsas promessas em que não haveria mais austeridade, os subsídios dos portugueses eram sagrados e em que o reequilíbrio  seria feito na sua maioria pelo controlo da despesa pública, e não pela receita.
Passado mais de um ano sobre a sua governação, vemos que a austeridade aumentou vertiginosamente, com todos os impostos a subirem em flecha, com subsídio de férias e de natal confiscados (apesar de ser inconstitucional), com o desemprego em níveis nunca antes vistos ou previstos, com as insolvências a aumentarem de dia para dia, e com as famílias a falirem.
Contra o anunciado, o governo foi pelo caminho mais fácil, ao tentar equilibrar as contas pelo lado da receita (sim porque o corte nos subsídios no meu ver é um aumento da receita, pois é dinheiro que tiram aos portugueses) em vez da despesa.
Como resultado desta péssima política de Passos/Portas, a economia caiu e a  receita caiu também, apesar do aumento exponencial das taxas agora praticadas!
O governo já admite que não cumprirá o défice previsto para o ano, com uma queda na receita na ordem dos 3.000 milhões.
De que é que valeram estes sacrifícios impostos aos portugueses, que acreditaram na suas palavras, enquanto candidatos às eleições?
Que legitimidade tem mais este governo para continuar à frente dos destinos de Portugal, que apresentaram um programa de governo que não é o que foi a votos e que após um ano de governação provaram que falharam completamente os seus objectivos, deixando os portugueses na miséria e com o futuro de Portugal comprometido por gerações!!

Na Madeira a situação não é muito diferente.
Os Governos de Alberto João Jardim, que deram cabo da Madeira durante décadas, com um desenvolvimento artificial, feito para madeirense ver (sim, porque tenho a certeza que os turistas preferiam a "madeira velha"), foram novamente a eleições, sem programa eleitoral, sem se conhecer a verdadeira dimensão da dívida e sem conhecer muito menos que medidas seriam necessárias para inverter o descalabro financeiro!
Apoiado pelo CDS, na ocultação das medidas que aí viriam, mais uma vez o PSD ganhou as eleições com maioria absoluta, podendo continuar a impor a política desequilibrada como de costume.
Seis meses após a implementação destas medidas, verificámos o que já era óbvio para muitas pessoas, o PAEF não é exequível, e apesar de termos os impostos mais altos de Portugal, a receita caiu mais de 40 %, com especial destaque para a queda do IVA em 40 %, apesar do grave aumento que teve.
Coloco a mesma questão da república, tem este governo regional legitimidade para continuar à frente dos destinos da Região?
Tanto na república, como na região, os governos Passos/Portas e Jardim, fizeram contrair a economia, retraíram o consumo e estragaram tudo!

Façam um grande favor a todos nós (já que o PR está a cuidar das suas laranjas em Belém), demitam-se e dêem novamente o poder da escolha aos madeirenses e aos portugueses. 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O Dia da Cidade

Comemora-se hoje o 504º aniversário da cidade do Funchal.

Miguel Albuquerque diz ao Diário de Notícias que "o facto de ser um rebelde" não prejudicou a cidade!!!

Desde quando é que Albuquerque é rebelde? Desde há meia dúzia de meses quando anunciou a sua candidatura à liderança do PSD é que passou a ser considerado rebelde, pois nesse partido democrático, que tem opinião contrária é considerado um dissidente. Ninguém se pode opor à opinião da Quinta Vigia!

Antes deste projecto de candidatura, que rebeldias Albuquerque fazia?

Dizia que sim a tudo o que era directiva do PSD, sendo seu vice presidente durante bastante tempo, sem nunca se ouvir dizer que era contra isto ou aquilo.

Albuquerque também tem os mesmos tiques de governação de Jardim, pois nas comemorações do dia da cidade, cala a oposição, ficando o laranjal autista a falar sozinho.

Enfim, mais do mesmo!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O Carrilho, o Alberto o Arraial do Monte e o JM

Há um ano atrás Alberto João Jardim expulsou uma jornalista do Diário de Notícia, da sacristia da Igreja do Monte no dia do arraial, simplesmente porque não gostava dela e do diário que representava.

Na altura fiquei perplexo com a prepotência do governante e com a passividade do representante máximo da Igreja Católica regional que permitiu que a Igreja ficasse à mercê dos amuos de Jardim

Na altura enviei um mail ao episcopado a manifestar a minha indignação com a situação que a Igreja  permitiu!

Como seria de esperar do primo do Senhor Silva, a resposta que obtive foi silenciosa, tal qual uma criança quando faz uma asneira e fica calada e envergonhada.

Passado um ano, leio no Diário de Notícias que a mesma Igreja, proibiu a entrada a toda a comunicação social, com excepção dos jornalistas do Jornal da Madeira!

Volto a fazer a mesma pergunta que fiz à um ano atrás ao D. António Carrilho, quem manda na Igreja? O governo ou o Bispo? Que medos tem o Bispo? Que quer esconder com essas portas fechadas?

Não faço estas perguntas ao governo, porque o dono das chaves dessa sacristia é a fraca Igreja católica, que cada vez mais se mistura com o poder a ver se consegues mais uns milhões para construção de templos megalómanos, para meia dúzia de beatas de olhos vendados!

E o que dizer do argumento que o Jornal da Madeira existe, segundo argumentos do governo, para que haja pluralidade ao nível da comunicação social, se depois em cerimónias comuns dos donos desse pasquim, apenas permitem a entrada desse órgão de comunicação social?

Enfim, mais uma novela desta nossa terra, em que quem assume funções de poder, usa todos os meios que têm ao seu alcance, para tentar moldar o pensamento do seu povo. Resquícios de uma idade média em que quem mandava era a nobreza e o clero, fazendo do povo uma cambada de idiotas que abanavam a cabeça a tudo, prestando vassalagem ao mais prepotente dos governantes e do bispo mais mesquinho!

Mais uma vez o carrilhão ficou mudo, quando se esperava uma sinfonia!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O descalabro do ministro da economia

Não sendo leitor frequente do Jornal da Madeira, pasquim ao serviço do governo regional e do PSD-M, volta e meia passo por lá os olhos para descontrair e rir com a propaganda governativa ao melhor estilo do ministro da informação do Iraque.

Hoje passei os olhos pelo JM de ontem e chamou-me a atenção um pequeno apontamento jornalístico com o título de 3.000 milhões desperdiçados.

Obviamente que com este título nunca poderia ser uma notícia sobre a economia madeirense, pois se fosse o título seria completamente diferente, louvando a maneira como o governo regional esbanja milhões com disparates, fazendo com que a culpa seja de um fantasma qualquer que percorre os corredores vazios nas noites da quinta vigia.

A notícia propriamente dita não era novidade alguma, mas sim um pequeno resumo do que não se deve fazer ao nível da economia de um país, ou seja, afugentar tudo o que é investimentos privados, que poderiam ajudar a alavancar a debilitada economia portuguesa e a criar empregos que Portugal precisa para inverter a situação aflitiva de muitas famílias.

Nesse apontamento referiam os seguintes casos que o ministro dos pastéis de nata, o amigo Álvaro, conseguiu cancelar:

Complexo turístico do Alqueva,
Fábrica de painéis fotovoltaicos de Abrantes,
Exploração mineira em Torre de Moncorvo.

Só com estes 3 projectos que foram à vida, o país perdeu investimentos na ordem dos 3.000 milhões de euros e 8.000 postos de trabalho!

Além destes 3 casos, o pasquim ainda enumera o abandono da fábrica de baterias para Aveiro, no valor de 56 milhões e 200 postos de trabalho e a fábrica de pás de rotor em Viana do castelo no valor de 55 milhões de euros e 500 postos de trabalho!

Além do valor dos investimentos e criação de postos de trabalho que se perdeu, perdemos também a oportunidade de produzir equipamentos destinados essencialmente à exportação, com óbvias melhorias na balança comercial, assim como deixamos de ter um complexo turístico que iria atrair imensos estrangeiros, contribuindo para contrariar a desertificação do Alentejo!

Será que este governo PSD/CDS não vê que cada Passo que dá, são Portas que se fecham?
Será que esta coligação negativa consegue sobreviver a tanto descalabro governativo?

Mandem lá de volta para o Canadá o Álvaro, que faz mais falta lá do que cá!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Processos contra o estado

Achei graça às palavras de Jardim hoje, relativamente à suposta dívida do estado à região devido à saúde e à educação, no valor de 9.000 milhões de Euros.

Quem é que negociou (muito mal) no passado, com a república os termos da autonomia e os seus custos?

Os deputados da oposição na época alertaram para a escalada dos custos com a educação e saúde e que agora vieram a se confirmar!

Como de costume, Jardim manda as culpas para cima dos outros e ameaça processar o estado por esta suposta dívida.

E que sentido faz a região processar o estado, se ainda há pouco tempo o governo PSD/CDS da república, exigiu que a região retirasse todos os processos da região contra o estado, para que fosse possível assinar o PAEF?

Quando este PAEF falhar e tiver de ser renegociado, não irá este governo exigir novamente que sejam retiradas todas as queixas contra o estado?


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Senilidades de um governante

Hoje passei os olhos pelo pasquim Jornal da Madeira Online e perdi uns minutos a ler o artigo de opinião de Alberto João Jardim.

AJJ numa atitude de desespero faz um apelo às massas para que a próxima festa do Chão da Lagoa não seja o fiasco que se prevê.

O governante chega ao cumulo de chamar a essa festa, de "celebração da autonomia política", como se a nossa autonomia fosse propriedade do PSD e não dos madeirenses!

Avança ao longo das suas decrepitas linhas com insulto à república e como de costume, ofende a oposição com palavreado barato, por apenas ter feito o seu trabalho e ter estado no terreno quando as populações mais precisavam de conforto.

Enquanto a Madeira ardia, os "abutres", "bandalhos" e "chacais" andavam no terreno, e governantes de zonas altamente afectadas, estavam a banhos no Porto Santo!

Quanto à propaganda contra a nossa economia e o nosso emprego, o Sr. com os seus actos é diplomado com distinção por uma qualquer universidade privada deste nosso país que tanto odeia.

Após a leitura, só posso deixar um apelo, deixem este senil governante a falar sozinho no Chão da Lagoa.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

O rescaldo

Enquanto Jardim dá um jantar as foliões do carnaval, é hora de fazer o rescaldo dos incêndios que varreram a Madeira de este a oeste.



Após tanta coisa que correu muito mal, ficamos mais uma vez com a sensação que a impunidade permanece nesta terra.

A Câmara de Santa Cruz, começa por, em pleno tempo de leste, autorizar uma queimada controlada!






A protecção civil que tanto tempo, meios e dinheiro gasta em simulacros, mostrou que é de um desnorte, tal foram as falhas que ocorreram!

Os bombeiros vindos de Lisboa,  que deveriam chegar logo pela manhã, chegaram, já quase à hora do almoço, e como se não bastasse esse atraso, só foram para o terreno 8 horas depois. Não sei o porquê dessa demora, mas se as pessoas sem treino e sem meios conseguiram salvar muitas casas, penso que estes bombeiros altamente especializados também conseguiriam!! Não quero que pensem que estou a criticar estes profissionais, se não foram antes foi concerteza porque estavam à espera de ordens.

Os soldados da paz ficam à mercê da solidariedade das pessoas, para terem o que comer!!! Pergunto se um plano de catástrofe (sim é um plano, não um improviso) não deveria prever alimentação para quem está a dar ao litro em condições extremamente adversas? Será que faltou comida na quinta magnólia? Será que os nossos bombeiros não merecem mais consideração?

Por fim a notícia de que o presidente da Câmara de Santa Cruz, que foi a mais fustigada pelos incêndios, no auge dos incêndios, vai a banhos ao Porto Santo, deixando a autarquia e a protecção civil municipal entregue a outros!!!

Senhor José Alberto Gonçalves, pode ir embora, pois foi você mesmo que demonstrou que não faz falta alguma!

Não posso terminar sem antes louvar os bombeiros, militares e todos os civis que durante dias a fio lutaram contra o fogo e evitaram que a catástrofe fosse ainda maior

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O Ministro Miguel Macedo

O Ministro Miguel Macedo à chegada à Madeira esta manhã, afirmou que não é possível combater incêndios na Madeira com meios aéreos


http://www.dnoticias.pt/actualidade/madeira/335729-miguel-macedo-diz-que-utilizacao-de-meios-aereos-nao-e-tecnicamente-possi

Só que os entendidos dizem o contrário!!


http://dnoticias.pt/actualidade/madeira/335748-bombeiros-defendem-necessidade-urgente-de-se-investir-em-meios-aereos

Não sei porquê, mas se vivêssemos numa região moderna e com uma verdadeira democracia, penso que haveria demissões, a começar pelo presidente do governo que ainda há poucos dias afirmou que tínhamos bombeiros a mais na região!!

A Madeira a arder

Ontem pelas 10h da noite ia a caminho da Ponta do Sol para assistir a um excelente concerto intimista de Carmen Souza e não pude deixar de olhar para a já tão falada marina do lugar de baixo, que agora apresenta-se iluminada e à noite com bom aspecto apesar de não ter barco algum.

Ia pela estrada com o cheiro a lume em todo o percurso desde o Funchal até lá, a pensar no trabalho dos bombeiros que tanto estiveram em foco na semana passada, pelos piores motivos, fracos salários e ainda por cima em atraso!

Desde que começou o incêndio na Ponta do Pargo, não têm tido um momento de descanso, pois as frentes que ontem deflagraram, primeiro durante a manhã na encumeada, que se estendeu à noite às zonas altas da Ribeira Brava, e da Camacha, que rapidamente se estendeu às zonas altas do Funchal, destruindo várias casas e carros, gerando o pânico em toda a zona.

Esta manhã acordo com a notícia de que começa a ficar em perigo o Santo da Serra e a zona do Ribeiro Serrão na Camacha.

Após este relato pergunto o seguinte:

O que fez este governo após os graves incêndios de 2010, ano extremamente chuvoso e em que as serras não estavam secas como estão este ano?

Como explicar milhões gastos nas já tão faladas infraestruturas idiotas, caras e de altos custos de manutenção que proliferam pela ilha toda?

Como explicar o investimento continuo na marina do lugar de baixo que penso que nunca funcionará?

Como explicar os subsídios ao desporto que a pedido e a ameaças de dirigentes idiotas estão sempre a subir?

Como explicar que com estes gastos de terra rica, não se tenha investido em meios a sério para o combate a incêndios nas serras?

Como explicar os baixos salários e o atraso nos salários dos soldados da paz que estão sempre disponíveis para colocar as suas vidas em risco, para precariamente nos defenderem!


Como explicar as palavras da secretária do turismo que os incêndios não são um revés para o turismo.

Quando mandamos estes governantes para a rua?


Este é nosso Funchal, feito com o trabalho árduo dos madeirenses e é esta a imagem que permanece!





sábado, 14 de julho de 2012

O desporto e o despesismo

Mais uma vez, e começa a ser cada vez mais frequente, está instalada a confusão no governo da Madeira.

Com base no PAEF, toda a política de financiamento desportivo teve de ser revista, impondo cortes necessários num sector que era extremamente despesista que é o desporto.

Depois da construção desenfreada de infraestruturas desportivas, fazendo com que a região faça inveja a qualquer parque olímpico, surge a pergunta, o que fazer com tantos campos de futebol, piscinas e parques desportivos?

Não tenho resposta para esta pergunta, apenas algumas ideias que poderão de algum modo rentabilizar o disparate, mas que deixo para outra altura.

Após os cortes anunciados pelo governo, Rui Alves, presidente do Clube Desportivo Nacional, amuou e ameaçou com a demissão e até com a extinção do clube, como se um mero presidente efémero tivesse poderes para acabar com um clube centenário.

Rui Alves ameaçou também que se houvesse os cortes anunciados que acabaria com os escalões da formação!

Alberto João Jardim que mais uma vez se apercebeu que não deve se meter com o futebol, recuou e veio dar mais uns milhares de euros para os dois principais clubes da região!

Como consequência desta benesse, o desautorizado secretário regional do desporto e juventude pediu a demissão do cargo. Sem ter o que fazer se sair do seu cargo, segundo o DN online de hoje às 21h18m, Jorge Carvalho ainda poderá reconsiderar o seu pedido de demissão!!!

Por sua vez Rui Alves durante a apresentação da equipa para a próxima época, passa de demissionário e carrasco do clube a recandidato ao cargo de presidente da instituição!!!!

Enfim, uma grande confusão.

As ilações a tirar deste episódio rocambolesco são as seguinte:

Como é que Jardim vais explicar nos adros das igrejas da região que tem de aumentar os preços das creches e das refeições escolares, que tem de baixar os custos com a área social, implementar taxas moderadoras na saúde, fechar centros de saúde, aumentar tudo o que é taxa do governo em 15 % e depois dá mais dinheiro para desporto profissional?

Como é que Rui Alves ameaça acabar com os escalões de formação, quando os subsídios do governo deveriam de ser precisamente para a formação desportiva e não para o desporto profissional?

Como é que se explica que tendo o governo pago todos os equipamentos desportivos, vem agora o presidente do marítimo dizer que não deixa o União jogar nos Barreiros?

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A FAMA o PSF e o Coelho

A FAMA de Gabriel Drumond, ameaça passar a partido, o que a ver pelo estilo do seu mentor, não será uma novidade no panorama regional, pois José Manuel Coelho já leva uns anos de avanço!


É óbvio que o estilo palhaço de Coelho dá votos e os dirigentes do PSD que não são burros nenhuns, trataram de arranjar o seu Coelho, mas para que não haja grandes confusões criam uma organização à parte supostamente independente!

Com esta nova organização partidária, Jardim mostra cada vez mais o seu lado flamista (que muitas bombas e incêndios provocaram no passado) e tenta a todo o custo manter o poder do seu lado.

AJJ já se apercebeu que não consegue mais maiorias absolutas e que corre sérios riscos de perder eleições, aponta esta estratégia para ver se consegue segurar os votos dos descontentes do "seu" PSD neste novo partido e assim poder se coligar na assembleia legislativa da Madeira mantendo o poder!

Para que as coisas corram bem, e para fazer uma passagem de testemunho de alguns dos eleitos para esta nova cor política, o PSD-M altera as regras de funcionamento dos deputados independentes, dando assim uma mão ao percursor desta estratégia, José Manuel Coelho que já poderá se separar dos seu querido PTP.

Seria interessante ouvir a opinião do odiado delfim sobre esta estratégia que lhe poderá ser muito útil, pois caso ganhe as eleições internas do PSD, aí sim, os Jardinistas votarão em massa no Partido Social Federalista, coligando-se com Albuquerque, deixando José Manuel Rodrigues, que tanto a jeito se pôs, de fora da parceria.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Dia da região, dia de luto

Passado o primeiro semestre deste terrível ano, em que os madeirenses após anos de ilusão, começaram a cair na real dos desvairo deste desgoverno, eis que se comemora o dia da região, ou dia de São Alberto.


Este dia que deveria de ser de festa, festa da autonomia e festa dos madeirenses, passou a ser um dia de luto, pois São Alberto hipotecou o nosso futuro e o futuro dos nossos netos, com a sua política de despesismo baseada na construção e no facilistismo para todos os que ostentam à lapela a cruz laranja.

Nada mais oportuno para São Alberto condecorar quem mais mandou na Madeira nos últimos anos, dois empresários da construção. Estes empresários foram condecorados apenas por não exigirem dinheiro das obras que efectuaram! Será que São Alberto julga que o povo é burro ao ponto de acreditar que estes empresários fizeram caridade com o governo? Será que São Alberto acredita que os empresários são pessoas tão altruístas ao ponto de fazerem tantas benesses pela Madeira?

Não, mais uma vez, os empresários que ditaram o ritmo do desenvolvimento da construção da Madeira, aos preços que bem entenderam, estão à espera de mais umas tranches de euros das obras altamente inflacionadas, com juros bem acima do que os bancos pagam.

Enfim o lobo recebe medalhas e o laranjal aplaude.

Continuando no dia da região, mais uma vez deu-se a pouca vergonha nas comemorações do dia de São Alberto, com alguns deputados da assembleia legislativa regional, mais propriamente o grupo parlamentar do PTP, a serem expulsos das cerimónias.

Coelho ao seu estilo, resolveu falar da plateia da cerimónia, e a rainha da Inglaterra expulsou o deputado.

Isto deixou-me duas perguntas interligadas,

Se era uma cerimónia conduzida pela assembleia regional, porque é que os deputados da oposição não tinham direito falar? E assim sendo nunca poderiam expulsar o dito deputado, por muito palhaço que fosse.

Se era uma cerimónia conduzida pela assembleia regional e o deputados da oposição não podiam falar, o que é que faziam na cerimónia os deputados do PTP e os deputados do CDS? O que é feito do acordo dos partidos da oposição sobre os atropelos à oposição?

Mais um dia tristemente engraçado da nossa autonomia hipotecada!

http://www.dnoticias.pt/actualidade/política/332656-jardim-entrega-medalhas-aos-empresarios-que-nao-exigem-dinheiro-pelas-ob