Madeira do Avesso

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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O grande Albuquerque

Hoje na capa do Diário de Notícias é dado mais uma vez grande destaque à candidatura de Miguel Albuquerque às eleições internas do decrépito partido que governa a região há mais de três décadas e que conduziu a região ao estado calamitoso em que nos encontramos.


Albuquerque reclama e esperneia do tratamento que tem tido desde que anunciou a sua candidatura contra o PSD de Alberto João.
Pois é Sr. Presidente da Câmara, é esse o mesmo PSD que sempre apoiou e que muitas vezes aplaudiu de pé, que sempre tratou de igual modo ou pior todos os partidos da oposição. Não percebo o seu espanto.
Quantas vezes também o Sr. não falou da oposição com desdém e com um sentimento de superioridade?

O que é que o Sr. tem de novo para apresentar aos madeirenses que os partidos da oposição não tenham apresentado antes?

Que margem de manobra tem o Sr. para negociar com o governo da república, ao representar o mesmo PSD que deixou a Madeira na penúria? E quais as suas diferenças com Passos Coelho que tanto apoia? Não defende o Sr. as mesmas políticas que a dupla Passos Coelho/Vítor Gaspar? É que neste ponto é realmente diferente de toda a oposição e até mesmo de Jardim, pois se a memória não me falha, deve ter sido o único que ainda não criticou as políticas deste governo da república PSD/CDS.

Explique-nos lá qual é legado que deixa, como presidente da Câmara do Funchal durante anos e anos? Uma cidade deserta, com o comércio moribundo e entregue a chineses, com centros comerciais em exagero que destruíram de forma quase irreversível o comércio tradicional da baixa do Funchal. Construção e mais construção de apartamentos vazios, muitos sem qualquer plano e deslocalizados. O PDM foi interrompido vezes sem conta de modo a beneficiar as obras dos amigos do regime (o tal que agora tanto critíca).

Uma cidade que tem vindo a perder a sua vida e que perderá o seu ambiente cosmopolita que vem desde séculos passados.

Por fim não posso deixar de notar que essa sua dupla posição actual de presidente camarário e de candidato à liderança do seu partido o fez engrandecer de tal modo que já pensa que um líder de um partido numa região portuguesa tem tantos poderes quanto o Presidente da República, capaz de dissolver a Assembleia Legislativa da Madeira! Isso é que é ser grande, isso é que é egocentrismo, digo mais isso é que é enganar os seus eleitores, isso é que é uma grande mentira!

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