Madeira do Avesso

Madeira do Avesso

sábado, 17 de novembro de 2012

A Madeira não é Portugal!

Após os temporais da semana passada que assolaram principalmente o norte da Madeira, e que gerou grande destruição na Ribeira da Janela, Seixal, São Vicente, Faial e Machico, os governantes começaram a fazer as suas visitas e das suas bocas poucas palavras saíram, além da constatação da destruição evidente.
A chuva intensa, aliada à política do betão, que estreitou ribeiros e provocou instabilidade nas falésias pelo rebentamento de cargas explosivas exageradas na construção das estradas da Madeira nova, e a juntar à negligencia por parte das autoridades por não terem limpo as serras dos pinheiros mortos por uma doença, fizeram com que houvesse arrastamento de terras, pedras e troncos enormes pelas montanhas abaixo, desviando ribeiros dos seus cursos naturais.
Houve várias casas destruídas, carros perdidos, muitos bens materiais resultantes de vidas de trabalho e de recordações que desapareceram, feridos isolados durante horas, alguns com gravidade e zonas completamente isoladas durante dias, como já não se via há anos.
Além de casas, houve quem perdesse completamente os seus terrenos, transformados em poios ao longo de séculos pelos seus antepassados e houve também caminhos agrícolas que simplesmente caíram montanha abaixo, impossibilitando os agricultores de chegarem aos seus campos e aos seus armazéns.

O que é que se ouviu do secretário do ambiente? Nada
O que é que se ouviu do presidente do governo regional? Nada
O que é que se ouviu do governo da república? Nada, nem uma palavra de solidariedade!

Ontem andou um tornado pelo Algarve, com efeitos também devastadores, que destruiu casas, carros, infraestruturas públicas e houve também alguns feridos.
Menos de 24 horas após a tragédia algarvia, um ministro do governo PSD/CDS deslocou-se de imediato ao local, para averiguar o sucedido e começar a tomar medidas para a normalização da zona e preparar planos de apoio.

Não peço para a Madeira a visita de ministros deste governo odioso, mas peço solidariedade nacional equivalente à do Algarve e peço aos governantes Madeirenses que tomem as devidas medidas de modo a que se possa retomar a normalidade com brevidade e que os prejudicados sejam ajudados como é hábito nestas situações.

Mais uma vez a Madeira é posta de lado, pelo vingativo governo de Passos/Portas, talvez devido apenas às más relações entre o governo da RAM e o governo da república!

Mais uma vez, está na hora de dizer basta a estes governos incompetentes, medíocres e moribundos.

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