Desde
criança que percorro os corredores das várias sedes que o Partido Socialista
teve no Funchal. Pela mão dos meus pais, fui a comícios, participei em
campanhas eleitorais, cresci num verdadeiro ambiente socialista. É por isso que
sinto muito orgulho na homenagem hoje feita a quem nunca desistiu e manteve-se
sempre fiel ao Partido Socialista. Às vezes um pouco mais distantes, outras
mais próximos, mas nunca deixaram de acreditar nos princípios do nosso partido
e muitos de vós, sempre que chamados a dar o contributo, não hesitaram e avançaram
para as primeiras linhas de batalha.
Parabéns,
sem vocês a história do PS-M seria muito mais pobre.
Passado
pouco mais de um ano a cidade do Funchal começa a mudar. Começam a mudar as
atitudes, a maneira de ver as coisas, iniciamos uma nova era.
Há um ano
atrás os funchalenses acreditaram num novo Projeto, um projeto global que não
excluí ninguém, um projeto feito a pensar nas pessoas, a Olhar Pelas Pessoas.
O tempo das
grandes obras já passou, diria até que durou demasiado tempo, criaram-se
vícios, criaram-se comodismos, faltou a dinâmica que uma cidade como o Funchal
tem de ter permanentemente.
No passado o
despesismo era a prática corrente, não havia grande evento que não se
anunciasse euros e euros gastos, como se um gasto maior, um gasto elevado,
fosse sinónimo de qualidade.
A cidade
mudou, mudaram freguesias, infelizmente nem todas, mas de uma coisa tenho a
certeza, fôssemos agora a eleições e todas as freguesias seriam nossas, seriam
da Mudança.
Foi com
muito esforço, muito empenho que 6 partidos se uniram para mudar o rumo do
Funchal, puseram de lado as suas diferenças, e acreditaram todos na vitória
deste projeto liderado pelo Partido Socialista. Um projeto que desde a primeira
hora, a concelhia do Funchal soube abraçar. Dou os meus parabéns ao Victor
Freitas pela sua visão e ao Guido Gomes, pela sua capacidade de ver mais além e
de aceitar prontamente, sem olhar para interesses locais. Pensamos mais além,
ganhamos.
Criamos
equipas de trabalho em cada freguesia, juntamente com os nossos parceiros de
coligação, delineamos programas, percorremos ruas, percorremos veredas, andamos
de casa em casa, de esplanada em esplanada. Passamos a nossa mensagem nos comícios,
alguns difíceis é certo, mobilizamos arruadas, onde demos um verdadeiro banho
aos nossos opositores.
Foi com
muito orgulho que integrei desde o primeiro momento esta coligação, e com muita
honra que aceitei liderar a candidatura para São Martinho.
Passado o
momento eleitoral, chega à hora de implementar o nosso programa, de conhecer
uma realidade até então desconhecida.
Encontramos
uma junta de freguesia falida, sem ideias, sem ideais e completamente amorfa. Uma
junta onde se limitavam a passar uns atestados, um apoio aqui, outro ali, toda
a força da junta estava direcionada para obras, obras de recuperação, obras
imaginárias, obras algumas delas desnecessárias.
Um choque,
um day after que nunca esquecerei, Sentimo-nos uns pobres num palácio. Como era
urgente a Mudança.
Não
desmoralizamos, não baixamos os braços, arregaçamos as mangas. Começamos por
consolidar contas e organizar a casa antes de sair para a rua.
Implementamos
o nosso programa, passo a passo, criamos uma freguesia dinâmica, indo de
encontro a uma das grandes aspirações da equipa de São Martinho. Tornar São
Martinho grande, muito além da sua dimensão populacional. Para isso iniciamos
um verdadeiro programa de apoios ao nível social, educacional, desportivo e
cultural. Abrimos as portas à democracia participativa. Juntamente com a Câmara
Municipal do Funchal fizemos o primeiro orçamento participativo de freguesia na
região. Um sucesso.
Estamos a
modernizar os serviços, a criar vias de comunicação mais eficazes.
Estreitamos laços com as forças vivas da freguesia, desde ginásios, casa do povo, centros comunitários, paróquias, empresas, etc.
Abraçamos
logo à primeira hora um grande projeto de voluntariado para o Bairro da Nazaré,
o Projeto Olho-te.
Estamos
junto às pessoas, falamos com todos, não excluímos ninguém.
Uma
caminhada em equipa, com muito mais para fazer. Não podemos parar.
Há uns meses
atrás em conversa com o Camarada Miguel Iglésias, fui convidado para fazer
parte da sua equipa para a Concelhia do Funchal do Partido Socialista. Aceitei prontamente
o desafio, pois os próximos tempos são muito importantes para o Partido e para
a Região. Todos temos de dar o nosso contributo ao trabalho iniciado há 2 anos
por Victor Freitas. Uma estratégia de mudança que começou nas autárquicas e que
culminará na vitória nas eleições regionais de 2015.
Precisamos
de um partido socialista forte, unido e a rumar na mesma direção.
Após décadas
de jardinismo a região, tal como estava a Junta de Freguesia de São Martinho,
está falida. É preciso olhar para o futuro com outra visão, com um olhar
social, de rigor e de transparência. Temos de colocar os madeirenses em
primeiro lugar, temos de ter um governo a trabalhar para a região, não pelos
seus governantes como sempre trabalhou o governo PSD.
Ideias não
nos faltam, acreditamos numa região próspera e sustentável, baseada nos ideais
da prosperidade, da igualdade e da fraternidade.
Vemos um
governo em fim de carreira, completamente desorientado, a navegar à vista há
décadas. Não soube preparar a região para os momentos difíceis. Para muitos o
caminho é a emigração e temos o dever de inverter esta situação. Unir e reunir
as famílias, dar estabilidade, dar um futuro aos jovens licenciados e esperança
a quem atingiu a meia idade e que são novos para se reformarem e velhos para
arranjar emprego, dar conforto aos nossos avós, esse é o nosso caminho.
Chega de
jogos de interesses, de monopólios, de política feita por quem nos vende betão.
Estou certo
que com uma política de rigor orçamental, baseada no crescimento da nossa
economia, explorando os nossos pontos fortes, conseguiremos dar à Madeira e
Porto Santo a grandeza que uma região atlântica como a nossa tem de ter num
contexto nacional e europeu.
Daremos voz
aos cidadãos, queremos uma democracia participativa, onde todos nós teremos uma
palavra a dizer. É possível replicar a nível regional os orçamentos participativos,
temos de discutir as grandes decisões com os madeirenses e não fechá-los numa
assembleia regional ou na quinta vigia.
Discutimos
recentemente os transportes, ouvimos a sociedade, especialistas, estudiosos e
existem soluções. É possível fazer melhor, baixar custos, melhorar serviços
criar verdadeiras pontes com o exterior.
É preciso
descentralizar, delegar competências nas autarquias. As Câmaras e Juntas de
Freguesia têm capacidade para fazer mais, para isso não podemos ter um governo
que queira controlar tudo e todos, sabemos que cada um pode fazer bem o seu
papel. Podemos também descentralizar os serviços do governo, combatendo assim a
desertificação que se assiste em muitos pontos da ilha.
Temos de
sair do nosso casulo, temos de falar com o exterior, renegociar com a república
as políticas fiscais e de financiamento. A falta de diálogo e a má educação com
o governo da república não trouxe nada de bom para a Região. E sabemos que
poderemos contar com António Costa. Disse claramente no congresso do passado fim-de-semana
que a Madeira podia contar com ele.
Sabemos o
caminho a seguir, traçamos o percurso, sinuoso por certo, mas com certeza
vencedor.
Criaremos
condições de em conjunto com um PS unido, de ganhar as eleições em 2015. Os
militantes cá estarão para fazer o seu trabalho na próxima campanha eleitoral.
O PS Funchal
empenhar-se-á na estratégia que o partido venha delinear para ganhar as
eleições regionais.
Vamos Ganhar
o Futuro.
Vamos Ganhar
a Madeira.
Obrigado.
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