Madeira do Avesso

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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O Caminho da Vitória

Passado que estão os processos formais internos dos partidos, chegou a altura de constituir oficialmente a coligação que irá se apresentar às próximas eleições regionais.
Um processo moroso, burocrático, mas feito com muito empenho e vontade de mudar em definitivo os destinos da região.
É pena que outros partidos não tenham querido se juntar a nós, preferindo olhar para si próprios, em vez de olhar para a região. 
Do mesmo modo que alguns líderes de esquerda olham com pragmatismo para a união entre extrema esquerda e direita na Grécia, deveriam também ter tido essa mesma atitude na Região, em coerência com o que têm dito sobre essa aliança Helénica.


Como é evidente, o PSD pouco ou nada se renovou, apresentará as mesmas pessoas às eleições, com apenas a excepção do líder. Por sinal o actual tem a mesma escola que o anterior, com os mesmos tiques de arrogância e desprezo por quem não está com ele, com a agravante de estar aliado ao PSD de Pedro Passos Coelho.

Agora formalizada a coligação, ficando ainda em aberto a possibilidade de outros se juntarem a nós, chegou o período de apresentação de propostas. Temos o nosso trabalho feito, não precisamos de copiar as ideias dos outros. Caminhamos rumo ao futuro, com um claro sinal de esperança para os madeirenses e portossantenses.

É preciso renegociar a dívida, a região não aguenta mais austeridade, não é possível pedir aos madeirenses que apertem mais o cinto, não há mais buracos onde enfiar a fivela. Para isso, é preciso estender prazos para pagamento da dívida, renegociar com a república, de forma transparente e à vista de todos. Não podemos permitir que se continue a ocultar dívidas e que se façam negociações nas costas dos madeirenses, sem sequer dar conhecimento à Assembleia Regional.
Só com a renegociação da dívida, poderemos recuperar a nossa autonomia financeira que tanto nos custou a ganhar. Será também com essa renegociação que nos permitirá ter folga orçamental para a componente de investimentos prevista no próximo quadro comunitário. De outro modo não conseguiremos ter acesso aos mais de 800 milhões de euros que a União Europeia nos disponibiliza.

Temos também de dar um novo animo ao turismo, não podemos ter pessoas incompetentes à frente dos destinos do motor da nossa economia. É preciso articular a política do turismo com todas as áreas económicas. Tem de haver um diálogo permanente entre Governo Regional e Autarquias, definir o calendário de eventos interligados, todos têm também uma palavra a dizer nas questões da promoção.
Aliado ao ponto anterior, estará também a política de transportes. É no mínimo estranho termos uma oferta de lugares de avião inferior à nossa capacidade hoteleira. É muito importante re-introduzir uma linha marítima entre a região e o continente, não só ao nível de passageiros, como de carga.
É preciso também olhar para os transportes públicos regionais. Não podemos permitir privatizações que coloquem em causa o serviço público.

O sistema regional de saúde tem também de ser repensado, temos uma das mais baixas esperanças de vida do país. É o resultado do desenvolvimento dos últimos 40 anos. Não conseguimos acompanhar o país e é necessário acelerarmos para atingirmos o objectivo da média nacional.

Na educação não estamos melhores. Tanto investimento em escolas, fomos pioneiros na escola a tempo inteiro, que se traduziu num armazém de crianças para depósito enquanto os pais trabalham, não gerando assim melhor educação. Não soubemos no passado acautelar com a república os gastos nesta área. Temos um serviço caro, ineficaz e com maus resultados. Muitas das nossas escolas estão na cauda dos rankings nacionais.

Olhámos para os nossos poios e vemos silvado. Não podendo produzir em escala, com os custos dos minifúndios, custos de transportes, com difíceis possibilidades de mecanização da agricultura, só nos resta um caminho, a qualidade. E temos condições excelentes para produzir produtos de alta qualidade destinados a nichos de mercado muito importantes. É possível termos uma agricultura rentável. Haja competência e lá chegaremos.

É preciso olhar para a região com outros olhos, olhos sem vícios, sem influências de um passado mal gerido. É preciso olhar para a região do mesmo modo como estão a olhar os novos autarcas eleitos em 2013 pelos partidos da oposição. Um olhar crítico, rigoroso. Olhar mais além, é isso que pretendemos.

Sei que juntos ganharemos o próximo desafio, dando a esperança que todos os madeirenses anseiam, por melhor saúde, melhor educação, mais emprego, mais cultura, mais democracia.

Juntem-se a nós no caminho da vitória, rumo ao futuro. Vamos todos apoiar Victor Freitas para presidente do Governo Regional, Vamos apoiar a Mudança.


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